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Separatistas da Somália resgatam navio árabe
Potências da ONU estudam resolução contra pirataria
DA REDAÇÃO
Soldados somalis libertaram
ontem um navio dos Emirados
Árabes Unidos seqüestrado por
piratas quando se aproximava
na segunda-feira da cidade portuária de Bosasso, levando alimentos e carros. Após breve
confronto, as tropas de Puntland -região semi-autônoma
no noroeste da Somália- tomaram o controle do cargueiro
Al Khaleej e libertaram os 16
tripulantes.
"Prendemos sete piratas.
Nós vamos indiciá-los e a pena
para pirataria em nosso país é a
morte. Eles serão mortos", afirmou Abdullahi Said Samatar,
ministro da Segurança da região, que se queixou da falta de
apoio internacional ao resgate.
Uma das áreas mais estáveis da
Somália, país cingido pela guerra civil e sem governo central
efetivo, Puntland não é reconhecida como Estado.
Samatar diz ter enviado tropas para resgatar também o
pesqueiro espanhol capturado
no domingo. Um eventual embate no mar não representará
risco para os seqüestrados -os
26 tripulantes já estão em terra
e passam bem, segundo o capitão do barco, Amadeo Álvarez.
A Espanha reconhece o governo federal da Somália -que,
em meio à guerra civil, tem
pouco poder efetivo, e expressou "total apoio à Espanha na
busca por uma solução rápida e
efetiva do seqüestro". O embaixador do país no Quênia foi enviado a Mogadício para tentar
solucionar a crise.
Um dos tripulantes, Mikel
Arana, disse por telefone ao pai
que os seqüestradores a bordo
são dez militares, "muito bem
preparados, bem armados e organizados". Arana contou que
eles esperam a chegada do líder
do grupo para negociar.
A costa da Somália, com passagem estratégica do Mar Vermelho para o Índico, é uma das
regiões mais perigosas para a
navegação, segundo o Birô Marítimo Internacional, agência
da ONU especializada em segurança da Marinha Mercante,
que contabilizou 31 casos de pirataria no país em 2007. França, Estados Unidos e Reino
Unido discutem uma resolução
do Conselho de Segurança da
ONU que autorize os países a
combaterem piratas fora de
suas fronteiras.
No início do mês, piratas somalis seqüestraram o veleiro
Le Ponant, uma embarcação
turística de luxo, de bandeira
francesa. Após o pagamento de
resgate e soltura da tripulação,
a Marinha da França prendeu
seis criminosos, recuperando
parte do dinheiro pago.
Com agências internacionais
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