DA REDAÇÃO

Israel apreendeu um barco carregado de explosivos e armamentos no mar Mediterrâneo. O carregamento, segundo autoridades israelenses, seria um contrabando do grupo extremista islâmico libanês Hizbollah para organizações terroristas palestinas.
O chanceler de Israel, Silvan Shalom, disse que o presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Iasser Arafat, estaria envolvido com o contrabando de armas, que seguia da costa libanesa para a faixa de Gaza.
Além da apreensão, oito pessoas foram detidas. Entre elas está um fabricante de bombas supostamente pertencente ao Hizbollah. O grupo nega envolvimento com o carregamento.
"Nós não temos nada com isso. Podemos assegurar que nenhum membro do Hizbollah foi detido nos últimos dias", disse uma autoridade do grupo em Beirute.
Nabil Abu Rdainah, assessor de Arafat, disse que as afirmações israelenses "são uma maneira de sabotar a implementação do novo plano de paz [para a região]".
A descoberta pode aumentar a pressão dos EUA sobre o Irã e a Síria para que os dois países parem de apoiar o Hizbollah. Os EUA classificam o grupo como organização terrorista. No Líbano, o Hizbollah é um partido político, além de ser considerado pelos árabes uma resistência contra a ocupação israelense.
O carregamento de ontem era pequeno perto de um que levava 50 toneladas de armamentos e explosivos e que foi apreendido por Israel no mar Vermelho em 2001. Esse episódio foi um dos golpes finais nas relações de Arafat com Israel e os EUA.
Entre os armamentos apreendidos ontem, havia cinco caixas de metal, cada uma delas levando peças para mísseis Katyusha, kits de detonação e equipamentos de controle remoto. Também foram encontrados vídeos que ensinam como fabricar bombas e a se preparar para atentados suicidas.

Hamas
O premiê palestino, Abu Mazen, se reuniu ontem com líderes do grupo terrorista Hamas. Ele pediu que cessassem os atentados contra alvos israelenses. O Hamas concordou em parar os ataques contra civis israelenses -mas não contra soldados e colonos na faixa de Gaza e na Cisjordânia-, desde que Israel pare de atacar militantes do grupo.
Essa foi a primeira reunião entre lideranças do Hamas e Mazen após o premiê assumir o cargo, no fim do mês passado. Segundo o novo plano de paz, Mazen precisa combater duramente o terror.

Bush
A Casa Branca anunciou que o presidente George W. Bush se reuniu nesta semana com o ministro das Finanças palestino, Salam Fayyd, em Washington. Foi a reunião de mais alto nível de Bush com uma autoridade palestina.