São Paulo, segunda-feira, 23 de junho de 2008

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Retomada da violência sectária no Líbano mata 4

Conflito opôs facções sunitas pró-governo e milícias ligadas ao grupo Hizbollah

Confrontos, ocorridos em Trípoli, são causados por divergências partidárias sobre composição de novo governo de união nacional


DA REDAÇÃO

Confrontos no norte do Líbano entre facções anti e pró-governo deixaram ontem quatro mortos e 33 feridos.
A retomada das hostilidades ameaça a paz entre facções libanesas assinada no mês passado com a promessa entre as facções de formarem um governo de unidade nacional após um semestre de violência.
Quatro dias depois de combates que deixaram três mortos - entre os quais uma professora brasileira- no leste do país, desta vez o palco da violência foi Trípoli, principal cidade no norte do Líbano.
Os conflitos, que começaram ao amanhecer em circunstâncias não esclarecidas, opuseram grupos sunitas partidários da maioria governista pró-Ocidente e militantes alauitas, facção xiita dissidente mas fiel ao oposicionista Hizbollah, apoiado por Irã e Síria.
Entre os mortos estão três civis e um policial, que foi atingido na cabeça por um disparo. Os feridos foram levados para vários hospitais de Trípoli.
Segundo uma alta fonte da inteligência militar, o tiroteio se encerrou perto do meio-dia, pouco depois da chegada à região do Exército libanês. Até o fechamento desta edição, ainda era possível ouvir o barulho de tiros, enquanto o Exército tentava acalmar a situação.
A violência surge um mês depois de um acordo obtido graças à mediação do Qatar que encerrou sete meses da mais grave crise que assolou o país desde a Guerra civil (1975-1990).
O acordo permitiu a eleição pelo Parlamento do general Michel Suleiman ao cargo de presidente, que estava vago desde novembro do ano passado, e selou as bases para a composição de um novo gabinete - no qual a oposição xiita tem poder de veto sobre decisões do governo de maioria sunita.
Mas a tensão vem aumentando porque as facções não conseguem chegar a um acordo sobre a repartição das pastas. O Hizbollah, por exemplo, não abre mão de comandar o ministério das Relações Exteriores.


Com agências internacionais


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