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EUA podem armar aliados contra o Irã, afirma Hillary
JANAINA LAGE
DE NOVA YORK
A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, disse
ontem que os EUA poderiam
ampliar um "guarda-chuva de
segurança" para os países aliados na região do golfo Pérsico
caso o Irã não abra mão de seu
programa nuclear. A declaração de Hillary significa intensificar o fornecimento de armas
aos países da região.
Segundo a secretária, caso o
país aumente o apoio ao poderio militar dos aliados, o Irã não
se sentiria mais forte ou seguro
mesmo com armas nucleares.
"Eles não serão capazes de intimidar ou dominar da forma
que aparentemente acreditam
que poderão assim que tiverem
uma arma nuclear."
O Irã afirma que seu programa nuclear é destinado à geração de energia. Mais tarde, Hillary enfatizou que os EUA não
estão modificando sua estratégia em relação ao Irã.
Para Dan Meridor, ministro
encarregado dos serviços de inteligência de Israel, Hillary cometeu um erro. "Não se deve
atuar supondo que o Irã conseguirá deter armamento nuclear, sem impedir que isso
ocorra." O premiê de Israel,
Binyamin Netanyahu, reafirmou ontem que a comunidade
internacional deve endurecer
as sanções contra o Irã.
Dados do Departamento de
Estado americano mostram
que nos últimos anos os EUA já
têm contribuído para o armamento da região por meio de
exportações e por programas
de auxílio à segurança. A ajuda
militar para Arábia Saudita,
Emirados Árabes, Qatar, Bahrein, Kuwait e Omã em 2007
somou US$ 36,3 milhões.
Somente a venda de armas e
serviços bélicos para os Emirados Árabes em 2007, por sua
vez, somou US$ 598 milhões.
Relatório recente do Stockholm International Peace Research Institute identifica uma
"preocupante tendência" de
aumento da importação de armas no Oriente Médio.
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