São Paulo, sexta-feira, 23 de agosto de 2002

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ÁSIA

Ação é atribuída ao Abu Sayyaf

Terroristas decapitam 2 reféns nas Filipinas

DA REDAÇÃO

O grupo terrorista islâmico filipino Abu Sayyaf decapitou dois missionários cristãos que eram seus reféns e deixou as cabeças num mercado do sul do país, onde quer criar um Estado muçulmano -as Filipinas têm maioria católica. As vítimas eram da igreja Testemunhas de Jeová.
Quatro mulheres, também membros da igreja, ainda estão cativas. Segundo as autoridades, os testemunhas-de-jeová foram sequestrados na terça-feira.
Eles vendiam produtos cosméticos e remédios na região de maioria muçulmana, onde tropas americanas auxiliam, há seis meses, os militares filipinos que combatem os terroristas.
Dois muçulmanos que serviam como guia e motorista dos testemunhas-de-jeová não foram levados pelos sequestradores.
Jornais filipinos descreveram os testemunhas-de-jeová também como pastores, que pregavam a religião enquanto faziam o trabalho mercantil.
O Abu Sayyaf é acusado de ter ligação com a rede terrorista do fugitivo saudita Osama bin Laden, a Al Qaeda.
O general Romeo Tolentino, comandante das Forças Armadas na Província de Sulu, disse que as cabeças foram achadas dentro de sacolas com uma nota chamando as vítimas de "infiéis", declamando passagens do Alcorão e conclamando a população local para uma "guerra santa".
Os terroristas são conhecidos por fazer sequestros de grupos de filipinos e de turistas estrangeiros, entre eles americanos e europeus.
A prática da decapitação dos reféns não é inédita. Em maio de 2001, os terroristas sequestraram três americanos e 17 filipinos num resort próximo. Dias depois, o californiano Gillermo Sobero foi decapitado com vários dos filipinos.
O Abu Sayyaf, entretanto, não fazia sequestros desde que os americanos começaram a treinar e auxiliar as Forças Armadas das Filipinas.


Com agências internacionais


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