São Paulo, terça-feira, 23 de agosto de 2011

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Ação contra ex-chefe do FMI é retirada

Decisão da promotoria foi anunciada à camareira que acusa Strauss-Kahn de agressão sexual; juiz decide se aceita ou não

Partes negam que tenha havido acordo para arquivar caso; francês poderá voltar à corrida presidencial francesa

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A promotoria de Nova York pediu ontem o arquivamento das acusações feitas pela camareira Nafissatou Diallo contra Dominique Strauss-Kahn, ex-diretor do FMI (Fundo Monetário Internacional).
Funcionária do hotel Sofitel, em Manhattan, ela o acusa de tê-la agredido sexualmente. Os promotores dizem que houve sexo, mas não é possível comprovar se foi consensual ou não.
Ambos os lados negam que tenha havido algum tipo de acordo entre eles . Hoje, um juiz deve anunciar se concorda ou não com o pedido da promotoria.
Segundo a promotoria, um julgamento seria arriscado pois ficaria difícil comprovar a credibilidade da suposta vítima. A camareira teria dado diferentes versões sobre sua reação após o suposto estupro, além de ter mentido quando pediu asilo nos EUA. Por fim, é suspeita de haver dito a um namorado preso por tráfico que obteria vantagens com a denúncia.
Ontem, o advogado dela entrou com pedido para que o promotor Cyrus Vance seja afastado, alegando "má gestão". A camareira tem 32 anos e é imigrante da Guiné.
Strauss-Kahn, de 62, era o principal nome do Partido Socialista para concorrer à presidência da França nas eleições de 2012. Quando o escândalo veio à tona, suspeitou-se de que poderia ser uma armação.
Como estava detido nos Estados Unidos, o francês não pôde fazer a inscrição para concorrer às primárias do partido, prazo que terminou em 13 julho. Mas a sigla insinuou a possibilidade de incluí-lo no processo.
Nafissatou acusou Strauss-Kahn no dia 14 de maio. Ele foi retirado do avião em que voltaria à França e detido. Renunciou ao cargo no FMI. Foi processado na vara criminal sob sete acusações e permaneceu em prisão domiciliar até que a credibilidade da denúncia foi posta em dúvida.
No dia 8, Diallo entrou com ação civil, na qual pede indenização por danos morais.


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