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Egito se contradiz sobre captura de turistas
Chanceler afirma que 19 seqüestrados na fronteira com o Sudão foram libertados, mas porta-voz nega
DA REDAÇÃO
Autoridades egípcias afirmaram na manhã de ontem que
um grupo de 19 pessoas, entre
elas 11 turistas europeus, foi seqüestrado durante o final de semana em uma região desértica
ao sul do país. Horas depois, altos membros do governo egípcio deram versões conflitantes
sobre o paradeiro dos reféns.
O chanceler Ahmed Aboul
Gheit disse em Nova York que
todos os reféns estavam "sãos e
salvos" depois de libertados e
que o seqüestro havia sido obra
de um "bando de gângsteres".
Mas o ministro foi desmentido pelo próprio porta-voz. O assessor afirmou que a situação
"não havia mudado", e que o
ministro se referia a "relatos
não confirmados".
No Cairo, um outro porta-voz ressaltou que "as negociações [com os seqüestradores]
ainda estavam em curso".
O caso foi anunciado no início do dia, quando autoridades
do Cairo disseram que cinco
italianos, cinco alemães, um romeno e oito egípcios -funcionários de uma agência de turismo- haviam sido capturados
por criminosos aparentemente
sem motivação política ou religiosa e teriam sido levados para
o vizinho Sudão.
Segundo os serviços de inteligência egípcios, os seqüestradores teriam exigido um resgate de 6 milhões.
Os turistas foram vistos pela
última vez na sexta-feira no vilarejo de Dakhla. Depois de
passar a noite em um hotel,
eles partiram em comboio de
veículos 4 x 4 rumo à reserva
natural de Gilf al Kebir, 900 km
ao sudoeste do Cairo, conhecida pelas pinturas rupestres que
aparecem no filme "O Paciente
Inglês" (1996).
Autoridades souberam do
seqüestro depois que um agente de turismo que estava no
grupo ligou do celular para sua
mulher informando que havia
sido feito refém por "homens
africanos mascarados".
Apesar de ocidentais já terem sido alvos de atentados e
crimes no país, esse é o primeiro grande seqüestro de turistas
no Egito. Os atentados contra
estrangeiros, que deixaram dezenas de mortos nos últimos
anos, foram até então todos cometidos por grupos islâmicos
radicais, que são combatidos
com mão de ferro pelo governo.
Com agências internacionais
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