São Paulo, quinta-feira, 23 de setembro de 2010

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PF identifica mais 2 brasileiros entre vítimas de crime no México

Com emigrantes do Pará, total de confirmados chega a quatro

DE SÃO PAULO

A Polícia Federal identificou mais dois brasileiros entre os mortos do massacre de Tamaulipas, no México. As duas vítimas são do Pará.
No dia 24 de agosto, 72 corpos de imigrantes ilegais foram encontrados em um galpão abandonado perto da fronteira mexicana com os EUA. Inicialmente foi divulgado que quatro brasileiros estavam entre os mortos, mas só dois de Minas Gerais haviam sido confirmados.
Entre os ilegais mortos também havia imigrantes de diferentes nacionalidades, como de Honduras e Equador. Segundo uma testemunha que sobreviveu à chacina, as 72 pessoas foram mortas por narcotraficantes que pararam a van contratada para ajudá-las na viagem ilegal aos Estados Unidos.
Uma missão da Polícia Federal com três especialistas foi enviada ao México no começo do mês para ajudar na identificação dos corpos. As duas vítimas foram confirmadas com o uso de suas impressões digitais e de exames odontológicos.
A nota divulgada pela Polícia Federal não esclarecia nome, sexo ou idade das vítimas identificadas ontem.

JOVENS MINEIROS
Os dois primeiros a serem localizados, ainda pelas autoridades mexicanas, eram dois mineiros que viviam em cidades próximas.
Juliard Aires Fernandes, 20, era de Santa Efigênia de Minas -com cerca de 4.500 moradores- e Hermínio Cardoso dos Santos, 24, de Sardoá -cerca de 5.500. As duas localidades ficam distantes dez quilômetros entre si.
Tanto Juliard quanto Hermínio eram de pequenas propriedades rurais distantes do centro dos municípios.
Amigos e parentes ouvidos pela Folha disseram que os dois deixaram o Brasil cerca de um mês antes da chacina e nunca mais entraram em contato para avisar como estavam. A intenção dos dois, afirmam, era migrar para os Estados Unidos.
A chacina de imigrantes ilegais em Tamaulipas foi considerada uma das maiores da história do México. Desde o começo do ano, o narcotráfico mexicano tem demonstrado sua força com o assassinato de candidatos políticos e de jornalistas.


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