DA REDAÇÃO

Foi preso ontem no Líbano suspeito de envolvimento na morte do premiê libanês Rafik al Hariri, assassinado em fevereiro.
Mahmoud Abdel al, membro do grupo muçulmano sunita pró-Síria Al Ahbash, foi detido em Beirute após ser expedida ordem de prisão por um juiz libanês. Ele vinha sendo investigado por uma comissão da ONU (Organização das Nações Unidas).
Ontem, o filho do premiê assassinado, Saad Hariri, pediu a criação de um tribunal internacional para julgar os integrantes do governo sírio e seus cúmplices libaneses implicados no atentado.
A reação é um desdobramento da divulgação, anteontem, do relatório preliminar da ONU, em que o promotor alemão Detlev Mehlis deixa clara a participação da Síria no ato terrorista que matou Hariri e 15 outras pessoas.
Cresceram ontem no Líbano pressões pela demissão do presidente pró-Síria Emile Lahoud, envolvido pelo relatório da ONU. Rastreamento telefônico revela que minutos antes do atentado, às 12h47 de 14 de fevereiro, Lahoud recebeu uma chamada do celular do homem preso ontem, que também se comunicou com todos os demais suspeitos. A assessoria de Lahoud negou o telefonema.
O relatório da ONU deixou em posição embaraçosa aliados da Síria no Líbano, como o grupo muçulmano extremista Hizbollah.