DA REDAÇÃO

O governo colombiano reforçou ontem o número de militares destacados nos dois municípios do sudoeste do país que seriam desmilitarizados para as negociações de troca de reféns em poder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) por guerrilheiros presos. As Farc haviam pedido a desmilitarização dos municípios de Florida e Pradera, a 45 km de Cali, para organizar a troca. Ambos totalizam 800 km2 e 110 mil habitantes.
O presidente Álvaro Uribe foi eleito em 2002 criticando o resultado nulo da desmilitarização realizada por seu antecessor, Andrés Pastrana.
Em contraste com sua política de linha dura e em início do seu segundo mandato, Uribe havia aceitado negociar. Mas suspendeu a desmilitarização na sexta-feira, após um atentado com carro-bomba atingir um complexo militar ao norte de Bogotá. Ele disse que ordenaria o resgate dos reféns.
"A intenção é ter a região totalmente controlada. Há uma grande presença de tropas e vamos mantê-la até que neutralizemos as Farc", disse o general Mario Montoya, comandante do Exército.
As Farc tinham proposto trocar 58 reféns em seu poder por 500 guerrilheiros presos. O grupo mantém centenas de reféns, entre eles a senadora Ingrid Betancourt, ex-candidata presidencial, que tem nacionalidade francesa.


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