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"Banho de loja" em Palin e família custa mais de US$ 150 mil aos republicanos
DA REDAÇÃO
Desde a surpreendente indicação da governadora do
Alasca para vice na chapa de
John McCain, os republicanos desembolsaram mais de
US$ 150 mil para incrementar o visual de Sarah Palin e de
seus familiares.
Após o site Politico revelar
a quantia, com detalhes de
onde foram feitos os gastos, a
campanha republicana deixou de lado sua tática inicial
de não comentar a questão.
"É impressionante que estejamos gastando tempo para
falar de coisas como terninhos e camisas. Sempre foi
nossa intenção que as roupas
fossem para doação depois da
campanha", disse Tracey
Schmitt, porta-voz da chapa.
Quem terá de fazer o reembolso aos doadores será o Comitê Republicano Nacional e
não a campanha presidencial
-a lei que veda o uso de fundos de campanha em fins privados não se aplica ao comitê.
Além disso, se Palin quisesse ficar com os bens, eles precisariam ser enquadrados como renda para efeito tributário (a isenção fiscal a trajes
usados como uniforme profissional não se aplica neste
caso). Também por isso impõe-se a distribuição.
A julgar por alguns estabelecimentos onde foram gastos os US$ 150 mil, os contemplados com as doações
devem ganhar itens pouco
acessíveis a mães de família
de classe média -imagem
que Palin tenta vender.
Ainda que seja impossível
fazer caridade com os US$
4.716,49 usados em maquiagem e cabeleireiro, haverá
distribuição de bens no valor
de US$ 124.488,37, comprados em lojas caras como Neiman Marcus e Saks Fifth Avenue. Houve gastos também
em roupas masculinas e até o
emprego de US$ 92 em um
conjunto de macacão e capuz
para Trig, o bebê de Palin.
Segundo dados da Comissão Eleitoral Federal, o comitê nacional republicano
reembolsou mais de US$ 130
mil referentes às compras a
Jeff Larson no mês passado.
Consultor republicano, ele
era executivo-chefe do comitê de recepção da convenção
republicana, em St. Paul.
Além de ter financiado o
guarda-roupa de campanha
dos Palin, Larson também é o
sócio de uma empresa apontada pelos democratas como
a origem das ligações com
gravações de ataque a Barack
Obama que estão sendo disparadas em Estados-pêndulo.
Anteontem, McCain defendeu esta estratégia de campanha -criticada até por Palin,
recentemente mais acessível
para entrevistas.
Ontem, a CNN divulgou
uma delas, na qual a ex-prefeita de Wasilla, cidade de
pouco mais de 5.000 habitantes no Estado em que governa, disse ter mais experiência
no Executivo que Obama.
Com agências internacionais
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