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REINO UNIDO
Presença de líder da ultradireita britânica na BBC causa polêmica
DA ASSOCIATED PRESS
A participação em um programa da rede BBC de um
político de ultradireita dividiu o Reino Unido e provocou fortes reações ontem.
Centenas de manifestantes protestaram na entrada
da emissora, em Londres, em
oposição à presença na BBC
de Nick Griffin, líder do Partido Nacional Britânico
(BNP), que falou ao programa "Question Time".
Griffin -que já foi condenado pela Justiça por racismo- e seu partido se opõem
aos "estrangeiros que tomam empregos e moradias"
dos "nativos britânicos".
Ele disse à BBC ontem que
a "conduta homossexual" é
"realmente assustadora",
mas que "nunca foi nazista".
A rede alegou que, como
TV pública, tem a obrigação
de mostrar todos os espectros da política nacional -o
BNP conquistou 6% dos votos e duas vagas nas eleições
ao Parlamento Europeu. Um
deles é ocupado por Griffin.
Críticos dizem que a iniciativa pode legitimar ideias
racistas. "Permitir que o
BNP divulgue sua mensagem
tóxica aumentará a islamofobia e dará respeitabilidade ao
partido", disse Muhammad
Abdul Bari, líder do Conselho Muçulmano Britânico.
Já o premiê Gordon
Brown disse que "é nosso dever expor o BNP por suas visões racistas e intolerantes"
e que "quem escutar o que
eles realmente são verá que o
que dizem é inaceitável".
O BNP não tem assentos
no Parlamento britânico, e,
numa tentativa de suavizar
sua imagem, Griffin proporá
ao partido que permita a filiação de "não brancos" a
partir de novembro.
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