São Paulo, sexta-feira, 23 de novembro de 2007

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Europeus rejeitam agrado de El Baradei a iranianos e aconselham novas sanções

DA REDAÇÃO

Apoiados pelos Estados Unidos, representantes da França, Reino Unido e Alemanha no Conselho de Governadores da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) disseram que "esperar para ver como fica" não é uma posição aceitável em relação ao programa nuclear do Irã. Os três países recomendam que o Conselho de Segurança da ONU vote novas sanções contra Teerã.
A reação ocorreu ontem, pouco depois de o diretor-geral daquela agência das Nações Unidas, Mohamed El Baradei, comentar com os 35 países do conselho o relatório publicado na quinta passada, em que afirmou que o programa iraniano estava "mais transparente", mas que ao mesmo tempo o país prosseguia no enriquecimento de urânio e não abria todas suas instalações à inspeção.
El Baradei manteve ontem o mesmo enfoque ambíguo, sem deixar claro se dava motivos para o pessimismo ou se afastava os temores de que o Irã quer produzir a bomba atômica.
Ele afirmou que o governo iraniano "está reagindo segundo o cronograma" fixado pela agência para o envio de informações. "Ocorreu uma evolução", permitida pelo "grau de cooperação do Irã", depois de esclarecer detalhes sobre seus planos iniciais para o enriquecimento do urânio.
Mas Baradei disse que o país "precisaria tomar iniciativas no envio de dados, acelerando a cooperação com a agência para que pontos importantes sejam esclarecidos até dezembro".
Os três países europeus que se posicionaram, também chamados de EU-3, disseram que o comportamento do Irã permanece "inaceitável". "Reconhecemos que o Irã deu alguns passos na direção correta, mas estamos desapontados", afirmaram. O Irã se recusa a interromper seu programa de enriquecimento de urânio, sob o argumento de que tem o direito a fazê-lo sob o Tratado de Não-Proliferação Nuclear.


Com agências internacionais


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