São Paulo, segunda-feira, 23 de novembro de 2009

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ORIENTE MÉDIO

Israel diz que assentamentos judaicos são "questão marginal"

DA REDAÇÃO

O presidente de Israel, Shimon Peres, disse ontem que a expansão dos assentamentos judaicos na Cisjordânia é "uma questão marginal" que não deve impedir a retomada do diálogo de paz com os palestinos. Mas, a seu lado na coletiva de imprensa no Cairo, o ditador egípcio, Hosni Mubarak, pediu "o fim dos assentamentos", em nova demonstração do impasse que trava as negociações.
Para Egito -mediador do conflito israelo-palestino- e outros países árabes, o fim das colônias israelenses é precondição para a retomada das negociações, e recuo dos EUA em pressionar Israel pelo congelamento dos assentamentos levou o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, a desistir de concorrer à reeleição em janeiro. Sua desistência cria mais incerteza no processo de paz no Oriente Médio.
O premiê palestino, Salam Fayad, afirmou ontem, na Cisjordânia, que Israel deve parar de "se equivocar" quanto à questão. "Chegou a hora de reconhecer a necessidade de um congelamento total dos assentamentos em todos os territórios ocupados -em especial em Jerusalém [cuja parte oriental é reivindicada por palestinos] e seu entorno", disse.
O impasse levou os palestinos a cogitarem novamente a criação unilateral de um Estado próprio, o que, no entanto, teve pouco respaldo internacional.
O presidente dos EUA, Barack Obama, afirmara que o plano de Israel de construir 900 novas casas em um assentamento próximo a Jerusalém é "muito perigoso". Para Obama, isso iria aumentar o ódio dos palestinos e minar o processo de paz.
Mas os EUA têm apoiado a posição israelense, de que a construção de novos assentamentos não deve ser um impedimento para a retomada das negociações.


Com agências internacionais

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