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ORIENTE MÉDIO
Israel diz que assentamentos judaicos são "questão marginal"
DA REDAÇÃO
O presidente de Israel,
Shimon Peres, disse ontem
que a expansão dos assentamentos judaicos na Cisjordânia é "uma questão marginal" que não deve impedir a
retomada do diálogo de paz
com os palestinos. Mas, a seu
lado na coletiva de imprensa
no Cairo, o ditador egípcio,
Hosni Mubarak, pediu "o fim
dos assentamentos", em nova demonstração do impasse
que trava as negociações.
Para Egito -mediador do
conflito israelo-palestino- e
outros países árabes, o fim
das colônias israelenses é
precondição para a retomada das negociações, e recuo
dos EUA em pressionar Israel pelo congelamento dos
assentamentos levou o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, a desistir de
concorrer à reeleição em janeiro. Sua desistência cria
mais incerteza no processo
de paz no Oriente Médio.
O premiê palestino, Salam
Fayad, afirmou ontem, na
Cisjordânia, que Israel deve
parar de "se equivocar"
quanto à questão. "Chegou a
hora de reconhecer a necessidade de um congelamento
total dos assentamentos em
todos os territórios ocupados -em especial em Jerusalém [cuja parte oriental é reivindicada por palestinos] e
seu entorno", disse.
O impasse levou os palestinos a cogitarem novamente a
criação unilateral de um Estado próprio, o que, no entanto, teve pouco respaldo
internacional.
O presidente dos EUA, Barack Obama, afirmara que o
plano de Israel de construir
900 novas casas em um assentamento próximo a Jerusalém é "muito perigoso".
Para Obama, isso iria aumentar o ódio dos palestinos
e minar o processo de paz.
Mas os EUA têm apoiado a
posição israelense, de que a
construção de novos assentamentos não deve ser um
impedimento para a retomada das negociações.
Com agências internacionais
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