Um ex-chefe do serviço secreto e dois ex-senadores da Argentina foram indiciados ontem por um juiz federal sob a acusação de terem participado de um escândalo de corrupção.
A decisão da Justiça é resultado de investigação para apurar se autoridades do governo do ex-presidente Fernando de la Rúa (1999-2001) compraram votos de parlamentares para aprovar uma controversa lei trabalhista em abril de 2000.
O juiz Rodolfo Canicoba Corral acusou formalmente o ex-chefe do serviço secreto Fernando Santibañes, amigo pessoal de De la Rúa, de corrupção e determinou o congelamento de bens no valor de 10 milhões de pesos (cerca de R$ 9,8 milhões).
Os ex-senadores José Genoud e Emilio Cantarero foram acusados de receber propinas e também tiveram bloqueadas quantias semelhantes. Os três negam as acusações.
Na época, o escândalo provocou a renúncia do vice-presidente, Carlos Alvarez. As investigações ganharam força no mês passado, depois que um ex-funcionário do Senado afirmou ter entregue pessoalmente cerca de US$ 5 milhões a políticos.


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