|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Morales reforma ministério e cria órgão sindical acima do gabinete
Presidente boliviano troca quatro ministros, o do Planejamento entre eles
DA REDAÇÃO
O presidente da Bolívia, Evo
Morales, anunciou ontem a
troca de quatro de seus ministros. Morales, que anteontem
celebrou o aniversário de dois
anos de seu governo, colocará
no comando da pasta do Planejamento e Desenvolvimento
Graciela Toro; na Produção e
Microempresas, Javier Hurtado; Obras Públicas será comandada por Oscar Coca Antezana;
e o novo ministro da Saúde e
Esportes será Walter Selum.
Aos quatro, o presidente da
Bolívia pediu empenho principalmente no incremento do
crescimento econômico, que ficou em 4,3% no último ano.
Essa foi a segunda grande reforma ministerial de Morales
-na primeira, há um ano, ele
trocou sete dos 16 ministros.
Ainda na noite de terça, durante o discurso de seis horas e
meia que fez no Congresso para
comemorar o aniversário do
governo, Morales afirmou que
já cumpriu 80% de suas promessas e sinalizou uma reaproximação com os sindicatos.
Ele anunciou a criação da
Coordenadoria Nacional pela
Mudança (Conalcam), órgão
sindical com capacidade para
tomar decisões políticas acima
do gabinete de ministros, segundo o jornal "La Razón".
"[A Conalcam] não será uma
militância do MAS [Movimento ao Socialismo, partido de
Morales], mas terá uma consciência antineoliberal e anticolonial. Quero que seja a instância máxima de decisões políticas, que esteja acima do gabinete", afirmou. A proposta chegou
no mesmo dia de uma manifestação de cerca de 2.000 mineiros em La Paz para cobrar aumento salarial.
Morales também abordou a
crise com os governadores oposicionistas de seis departamentos, que pedem mais autonomia e rejeitam o texto constitucional aprovado por governistas em dezembro. Ele lhes pediu que "não fujam do referendo" revogatório para cargos
executivos -inclusive o seu.
Morales disse ainda que abrirá uma embaixada do Irã na Bolívia e que estabelecerá laços
diplomáticos com a Síria.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Oposição: Classe média anti-Chávez foge para os EUA Próximo Texto: Editor se recusa a cortar gastos e deixa o "LA Times" Índice
|