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Homem invade creche e mata dois bebês na Bélgica
Outros dez são feridos; funcionária também é morta
DA REDAÇÃO
Um homem invadiu ontem
uma creche na Bélgica e, com
uma faca em punho, matou
dois bebês de menos de três
anos e feriu outros dez. Matou
também uma funcionária e deixou mais dois adultos feridos.
O crime em Dendermonde (a
30 km de Bruxelas) chocou o
país: "Um ato de enorme brutalidade foi cometido contra nossos cidadãos mais fracos", declarou o prefeito, Piet Buyse.
Às 10h locais, o homem, com
a cara pintada de branco e círculos pretos ao redor dos olhos,
entrou na creche -onde estavam 18 crianças e seis funcionários- sem ser percebido. Segundo relatos, indiscriminadamente e sem perder a calma, ele
começou a distribuir punhaladas. Também atacou os funcionários que tentaram impedi-lo.
Os sobreviventes encontraram
os bebês sangrando e aos prantos, enquanto pais desesperados corriam à cena do crime.
"Havia sangue por todos os
lados, foi uma verdadeira carnificina", disse o vice-prefeito
Theo Janssens. "Houve pânico
nas escolas e as crianças não se
atreviam a voltar a suas casas
[com medo que o assassino estivesse à solta]", disse ao jornal
"Le Soir" a moradora Hilda
Diercks, em meio a uma multidão reunida ao redor da creche.
Dos 12 hospitalizados, entre
bebês e adultos, nenhum corria
risco de morte. Mas terão que
passar por cirurgias plásticas
para corrigir as cicatrizes.
Após o ataque, o assassino foi
de bicicleta até um supermercado de uma cidade vizinha,
onde foi preso pouco tempo depois. O motivo do crime ainda
não está claro e, até ontem, o
agressor não tinha dito nada à
polícia. Fontes disseram à
agência EFE que ele "ri dos
agentes policiais".
A polícia não revelou a identidade do agressor. Apenas que
ele tem 20 anos, é morador de
Dendermonde (que tem 40 mil
habitantes), não estava sob
efeito de drogas e não se opôs à
prisão. Ele não tinha antecedentes criminais nem registro
em hospitais psiquiátricos.
O governo preparou um centro de crise para atender aos feridos e seus familiares, e os
príncipes Philippe e Matilde foram visitar as vítimas.
"O país está escandalizado e
de luto por este ato abominável
de violência", disse o premiê
belga, Herman Van Rompuy.
Com agências internacionais
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