São Paulo, segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

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Portugal reelege Cavaco Silva sob alto índice de abstenção

Presidente obteve 53% dos votos contra 19% de rival socialista

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O presidente de centro-direita de Portugal, Aníbal Cavaco Silva, foi reeleito ontem em primeiro turno.
Com 98% dos votos apurados, o mandatário tinha a preferência de mais de 53% dos eleitores enquanto o segundo lugar, o poeta socialista Manuel Alegre, tinha 19%.
O pleito foi marcado pela abstenção. O índice ficou entre 49% e 54%, segundo a Comissão Nacional de Eleições (CNE) -em Portugal, o voto não é obrigatório.
Houve também problemas no sistema informatizado e na utilização do carnê digital do cidadão, documento necessário para votar.
Tanto Cavaco quanto Alegre os outros quatro candidatos haviam convidado a população a ir às urnas a despeito do frio intenso.

CRISE
A eleição presidencial ocorre em meio a um período de crise no país, que sofre com a falta de confiança dos investidores estrangeiros nas dívidas de economias pequenas e altamente endividadas da zona do euro.
Para combater esse sentimento, o governo adotou uma série de medidas para conter os gastos públicos que não foram bem recebidas pela população.
Durante a campanha, Silva disse que Portugal ainda enfrenta a possibilidade de uma "crise grave" -tanto em termos econômicos quanto políticos- e disse que estaria preparado para agir como instrumento de último recurso numa situação crítica.
Nos últimos dias 8 e 9 de janeiro, uma série de boatos e publicações de jornais da Europa afirmaram que há uma grande pressão para que Portugal recorra a empréstimos do FMI e da UE.
O governo português insiste em que não precisará de ajuda externa e que as medidas de cortes de gastos serão suficientes para que ele honre com suas dívidas.


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