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Mortes de americanos no Afeganistão superam mil
DA REDAÇÃO
A Guerra do Afeganistão já
deixou 1.005 soldados americanos mortos, segundo contas do
site independente Icasualties.
org. A estimativa foi divulgada
em meio a uma forte ofensiva
da Otan para recuperar o bastião insurgente de Marjah, no
sul afegão, e a uma nova estratégia de guerra delineada por
Barack Obama, de enviar mais
30 mil soldados dos EUA para o
conflito e iniciar sua retirada
em 2011.
A maioria das mortes americanas -316- se concentra no
ano passado, ante o recrudescimento da violência no Afeganistão. Também é elevado o número de mortes britânicas no
conflito: 264 desde 2001.
O Pentágono, no entanto,
contesta a contagem do Icasualties e diz que a cifra de
americanos mortos no país é de
916. Para efeitos comparativos,
a ofensiva no Iraque, iniciada
em 2003, já matou 4.378 militares dos EUA. Já a Guerra
do Vietnã (1959-75) deixou 58
mil americanos mortos.
Enquanto um elevado número de mortes militares pode
voltar a opinião pública americana contra a guerra, as mortes
de civis no Afeganistão, por sua
vez, tendem a prejudicar o
apoio da população local à
ofensiva contra o Taleban.
Com isso em vista, o comandante da Otan (aliança militar
ocidental) no país, general Stanley McChrystal, fez ontem um
pronunciamento na TV afegã
para se desculpar aos locais pela morte de ao menos 21 civis
em ofensiva militar na véspera.
"Prometo reforçar nossos esforços para recuperar sua confiança e construir um futuro
melhor para todos os afegãos",
disse McChrystal, no discurso
que foi traduzido para os idiomas pashtu e dari. "Estabeleci
uma investigação para impedir
que [o ataque a civis] se repita."
As mortes civis ocorreram
durante ofensiva, em curso
desde o dia 13, na cidade de
Marjah, de onde Otan e Exército afegão querem expulsar o
Taleban. Em aparente prova de
resiliência, o grupo radical tem
investido em atentados operados a partir de seus bastiões no
leste e no norte do Afeganistão.
Entre ontem e anteontem,
houve três atentados em distintas partes do país, matando cerca de 30 pessoas.
Em paralelo, o secretário da
Defesa dos EUA, Robert Gates,
disse que as mortes de civis servem de "lição" às tropas e que
"todo o possível" está sendo feito para proteger a população.
Em outro discurso, Gates foi
crítico à Otan, dizendo que a
aliança vive crise, em parte por
falta de verba e modernização
de seus exércitos, e que isso
transparece em conflitos não
tradicionais, como o afegão.
Também ontem, o Paquistão
anunciou a prisão de mais um
líder do Taleban, mulá Abdul
Kabir. O anúncio, elogiado pelos EUA como demonstração
de colaboração paquistanesa,
se segue às prisões recentes de
três outros líderes insurgentes,
incluindo o número 2 do grupo.
Com agências internacionais
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