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Divididos, trabalhistas de Israel negociam entrada no gabinete
DA EFE
A cúpula do Partido Trabalhista israelense (centro-esquerda) se reúne hoje para tentar superar as divergências internas quanto a integrar ou não
um governo de coalizão liderado por Binyamin Netanyahu,
do direitista Likud.
Após obterem nas legislativas de fevereiro sua pior derrota eleitoral, os trabalhistas estão divididos sobre o aceno de
Netanyahu. O virtual premiê
formou uma base aliada que lhe
garantiu até agora 53 das 120
cadeiras do Parlamento unicameral - oito a menos que o necessário para atingir a maioria.
Onze cadeiras foram garantidas anteontem, com o apoio do
partido religioso Shas.
A ala dominante dos trabalhistas, liderada pelo atual ministro da Defesa, Ehud Barak,
pretende somar as 13 cadeiras
obtidas na eleição às que Netanyahu já conseguiu.
Em troca, o ex-premiê Barak
exige continuar à frente da Defesa e quer quatro outros ministérios para o seu partido,
além de algumas comissões importantes do Legislativo, como
a de Constituição e Justiça.
Mas alguns deputados eleitos
se negam a integrar coalizão
dominada por siglas conservadoras e refratárias a concessões
territoriais aos palestinos.
O interesse de Netanyahu,
que já foi premiê (1996-99), é
tentar formar um gabinete
também com partidos moderados para dissipar os temores da
comunidade diplomática de
que Israel tenha um governo
sem compromisso com as negociações de paz.
A chanceler Tzipi Livni rejeitou integrar a coalizão. Seu partido, o Kadima (centro-direita),
do premiê Ehud Olmert, obteve
uma cadeira a mais do que o Likud (28 a 27), mas o maior
apoio parlamentar a Netanyahu levou o presidente Shimon
Peres a indicá-lo ao cargo.
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