São Paulo, terça-feira, 24 de março de 2009

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Divididos, trabalhistas de Israel negociam entrada no gabinete

DA EFE

A cúpula do Partido Trabalhista israelense (centro-esquerda) se reúne hoje para tentar superar as divergências internas quanto a integrar ou não um governo de coalizão liderado por Binyamin Netanyahu, do direitista Likud.
Após obterem nas legislativas de fevereiro sua pior derrota eleitoral, os trabalhistas estão divididos sobre o aceno de Netanyahu. O virtual premiê formou uma base aliada que lhe garantiu até agora 53 das 120 cadeiras do Parlamento unicameral - oito a menos que o necessário para atingir a maioria.
Onze cadeiras foram garantidas anteontem, com o apoio do partido religioso Shas.
A ala dominante dos trabalhistas, liderada pelo atual ministro da Defesa, Ehud Barak, pretende somar as 13 cadeiras obtidas na eleição às que Netanyahu já conseguiu.
Em troca, o ex-premiê Barak exige continuar à frente da Defesa e quer quatro outros ministérios para o seu partido, além de algumas comissões importantes do Legislativo, como a de Constituição e Justiça.
Mas alguns deputados eleitos se negam a integrar coalizão dominada por siglas conservadoras e refratárias a concessões territoriais aos palestinos.
O interesse de Netanyahu, que já foi premiê (1996-99), é tentar formar um gabinete também com partidos moderados para dissipar os temores da comunidade diplomática de que Israel tenha um governo sem compromisso com as negociações de paz.
A chanceler Tzipi Livni rejeitou integrar a coalizão. Seu partido, o Kadima (centro-direita), do premiê Ehud Olmert, obteve uma cadeira a mais do que o Likud (28 a 27), mas o maior apoio parlamentar a Netanyahu levou o presidente Shimon Peres a indicá-lo ao cargo.


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