São Paulo, segunda-feira, 24 de abril de 2006

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NUCLEAR

Israel pede ação internacional

Enriquecimento é irreversível, diz Irã

DA REDAÇÃO

A decisão iraniana de enriquecer urânio e de prosseguir com pesquisas nucleares é irreversível, afirmou ontem o porta-voz do Ministério do Exterior, Hamid Reza Asefi, em uma coletiva de imprensa. O país é acusado pelas nações ocidentais de projetar bombas nucleares e sofre ameaça de sanções pelo Conselho de Segurança da ONU, caso não interrompa o enriquecimento. Os EUA não descartam uma ação militar para conter os planos iranianos, algo a que China e Rússia se opõem. No próximo dia 28, a Agência Internacional de Energia Nuclear (AIEA) deve publicar um relatório informando se o Irã está ou não indo contra as determinações da ONU de cessar o enriquecimento. Segundo Asefi, "se o relatório impuser pressões ou usar uma linguagem de ameaças, o Irã não abandonará seus direitos e estará pronto para todas as situações possíveis". Membros do Comissão de Inteligência do Congresso dos EUA afirmaram ontem que Washington não dispõe de informações suficientes para saber se o Irã é ou não capaz de produzir armas nucleares num futuro próximo. "Temos um longo caminho até que se reconstrua nossa comunidade de inteligência. Não possuímos todas as informações que gostaríamos de ter", disse o presidente da comissão, Peter Hoekstra.
Israel
O premiê de Israel, Ehud Olmert, exigiu à comunidade internacional que trabalhe contra o programa nuclear iraniano, afirmando que as ambições daquele país são uma ameaça não só a Israel mas a todo o Ocidente. "Do ponto de vista de seriedade, isso encabeça a lista israelense; é uma ameaça existente", teria afirmado Olmert em um comunicado. "O programa nuclear do Irã deveria preocupar muitos países, especialmente aqueles com responsabilidades globais", disse o primeiro-ministro.


Com agências internacionais

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