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ARGENTINA
Justiça revela filiação de órfã da ditadura com DNA forçado
ADRIANA KÜCHLER
DE BUENOS AIRES
Contra sua vontade,
Evelyn Vázquez, 30, teve seu
parentesco com pais desaparecidos na última ditadura
argentina (1976-1983) revelado pela Justiça do país. A filiação foi revelada após o resultado de um teste de DNA
com material de objetos
apreendidos, a pedido da
Justiça, na casa de Evelyn.
Ela se negava a extrair sangue para o teste de DNA, que
poderia ser usado como prova contra seus pais de criação. A Justiça mandou então
apreender em sua casa roupas íntimas e outros apetrechos pessoais. Esse é o terceiro caso em que a Justiça
argentina revela a identidade
de filhos de desaparecidos
com métodos alternativos à
coleta de sangue.
Segundo o teste, Evelyn é
filha de Susana Pegoraro e
Rubén Bauer, desaparecidos
em 1977, e não do ex-oficial
da Marinha Policarpio Vázquez e de sua mulher, Ana
María Ferra, que a adotaram
ilegalmente. "Entendo que
queiram saber se sou sua neta porque me procuraram todos esses anos (...), mas têm
que entender que eu tenho
uma família que continuo
amando", disse sobre o desejo de seus avós biológicos.
Segundo organizações
pró-direitos humanos, cerca
de 500 crianças nasceram
em cativeiro na ditadura.
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