São Paulo, domingo, 24 de abril de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Chanceler turco diz que solução para Líbia é política

CLAUDIA ANTUNES
DO RIO

A ação na Líbia deve ter como objetivo um cessar-fogo "genuíno", abrindo caminho para uma solução que "contemple os direitos legítimos e as expectativas do povo líbio", disse à Folha o chanceler turco, Ahmet Davutoglu. Leia trechos da entrevista.

 


O governo turco avalia que há espaço para uma solução negociada na Líbia?
A Turquia adotou uma atitude de princípio, firme e coerente em relação aos acontecimentos na Líbia. Ressaltamos em todas as ocasiões que o processo de transformação na região é irreversível, e que as expectativas legítimas da população têm que ser atendidas. Os esforços internacionais devem se concentrar em proteger os civis, pôr fim às mortes, encerrar o cerco às cidades, garantir um cessar-fogo genuíno seguido de uma solução política que contemple os direitos legítimos e as expectativas do povo líbio.
Nesse sentido, damos total apoio às resoluções 1970 e 1973 [do Conselho de Segurança da ONU]. É de importância capital que essas resoluções sejam implementadas de maneira que garanta a integridade territorial da Líbia e a segurança e a paz da população líbia. Nós elaboramos um mapa do caminho, em consulta com nossos aliados da Otan, para uma solução política que supere a crise.

O diálogo entre o Irã e o P5+1 (potências do CS e Alemanha) não parece progredir. O Acordo de Teerã ainda vale?
A retomada das conversações entre o P5+1 e o Irã em Genebra, após um intervalo de mais de um ano, foi um avanço em si. A continuação das conversas em Istambul (em janeiro), com o objetivo de buscar pontos de acordo para a cooperação nuclear, também foi bem-vinda.
Depois do encontro de Istambul, os dois lados deixaram a porta aberta para a continuação das negociações. Há bases favoráveis para prosseguirmos no caminho diplomático. É preciso uma diplomacia paciente, mas perseverante, para chegarmos ao resultado. Um possível acordo para a troca de combustível, que daria contribuição substancial à construção de confiança, poderia ser o primeiro passo.
Vimos no exemplo da Declaração Conjunta de Teerã, em 17 de maio de 2010, concluída por Turquia e Brasil com o Irã, que esforços diplomáticos podem trazer resultados. O acordo ainda está na mesa para consideração. A Turquia tem encorajado o Irã a aumentar a transparência e a cooperação com a Agência Internacional de Energia Atômica para restaurar a confiança na natureza exclusivamente pacífica de seu programa nuclear.

Leia a íntegra
folha.com.br/mu906146



Texto Anterior: Forças de Gaddafi encerram cerco a bastião rebelde
Próximo Texto: Raio-X: Ahmet Davutoglu
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.