DO ENVIADO ESPECIAL À COLÔMBIA

Pelo menos três pessoas morreram no final da tarde de ontem após a explosão de um carro-bomba no município de Sibaté, vizinho a Bogotá. Segundo a polícia, os mortos seriam supostos guerrilheiros das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) que tentavam transportar o veículo para a capital. O bloqueio feito pelo Exército nas estradas que chegam à capital teria impedido o atentado.
De madrugada, uma bomba lançada de um táxi por desconhecidos explodiu em frente a um comitê de campanha de Alvaro Uribe, candidato favorito para a eleição presidencial de domingo, no centro de Medellín.
Os novos atentados aumentam o temor sobre possíveis sabotagens às eleições. O Departamento de Antioquia, cuja capital é Medellín, é um dos principais redutos políticos de Uribe.
Segundo os adversários de Uribe, a razão desse apoio é a suposta proliferação dos grupos paramilitares de direita iniciada durante seu governo. "As pessoas são intimidadas a votar nele", afirmou a ativista Gloria Cuartas, ex-prefeita da cidade de Apartadó, em Antioquia.
Uribe, que defende uma intensificação da ação militar contra a guerrilha de esquerda, nega os vínculos com os paramilitares.
Na terça-feira, um confronto entre o Exército e guerrilheiros em Medellín terminou com nove mortos e dezenas de feridos.
Para observador da OEA (Organização dos Estados Americanos), há indícios de pressões de paramilitares a favor de Uribe e das Farc para que os eleitores não votem nele. (RW)


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