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ORIENTE MÉDIO
Militantes tentam explodir depósito de combustíveis perto de Tel Aviv; seguranças matam suicida na porta de discoteca
Israel vê mudança em ataques palestinos
DA REDAÇÃO
Militantes palestinos tentaram
explodir ontem um dos principais
depósitos de combustíveis de Israel, em Herzliya, norte de Tel
Aviv. Um caminhão-tanque foi
destruído por explosivos que,
acreditam as autoridades israelenses, teriam sido colocados por
terroristas e detonados por controle remoto. O motorista não estava no veículo no momento do
atentado, que não feriu ninguém.
"Um desastre foi evitado", disse
o vice-chefe de polícia David
Krauser. Trabalhadores do local
apagaram o incêndio antes que o
fogo se espalhasse e atingisse
grandes reservatórios.
Na madrugada de hoje, seguranças de uma discoteca de Tel
Aviv evitaram outra catástrofe.
Abriram fogo contra um suicida
que saiu de um carro e tentava entrar no estabelecimento. Houve
uma explosão, que matou o agressor e feriu duas pessoas.
Segundo especialistas em combate ao terrorismo, os extremistas
estariam buscando alternativas
aos atos suicidas. "As organizações terroristas entraram hoje numa nova fase de ataques", disse
Ehud Yatom, ex-funcionário dos
serviços de segurança israelenses.
O governo revelou nesta semana ter impedido um ataque com
caminhão-bomba -que carregaria cerca de uma tonelada de explosivos- contra as torres Azrieli, segundo mais alto conjunto de
prédios de Israel (187 metros, 50
andares), em Tel Aviv.
Os ataques ao depósito de combustíveis e à discoteca ocorreram
um dia após militante das Brigadas dos Mártires de Al Aqsa ter
matado ao menos dois israelenses
e ferido 37 em Rishon Letzion, no
segundo ataque do tipo na cidade
em duas semanas.
Mais de 200 israelenses já morreram em razão de ações suicidas
desde o início da Intifada (levante
palestino) em setembro de 2000.
O total de vítimas já soma 1.368
palestinos e 479 israelenses.
Na região de Nablus, na Cisjordânia, dois palestinos morreram e
cinco ficaram feridos ontem após
explosão no campo de refugiados
de Balata. Uma casa ficou destruída no incidente -há suspeitas de
que militantes preparavam bombas no local.
Militares de Israel voltaram a
entrar em Tulkarem e em dois vilarejos vizinhos, à procura de suspeitos de atos terroristas, impondo à população um toque de recolher. Em incursões semelhantes,
soldados prenderam 13 militantes
em Hebron e três em Jenin.
O Exército matou um palestino
de 33 anos em Rafah, na faixa de
Gaza, na fronteira com o Egito.
Segundo os militares israelenses,
ele os teria atacado com uma granada antes de ser baleado.
Com agências internacionais
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