São Paulo, sexta-feira, 24 de maio de 2002

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ORIENTE MÉDIO

Militantes tentam explodir depósito de combustíveis perto de Tel Aviv; seguranças matam suicida na porta de discoteca

Israel vê mudança em ataques palestinos

DA REDAÇÃO

Militantes palestinos tentaram explodir ontem um dos principais depósitos de combustíveis de Israel, em Herzliya, norte de Tel Aviv. Um caminhão-tanque foi destruído por explosivos que, acreditam as autoridades israelenses, teriam sido colocados por terroristas e detonados por controle remoto. O motorista não estava no veículo no momento do atentado, que não feriu ninguém.
"Um desastre foi evitado", disse o vice-chefe de polícia David Krauser. Trabalhadores do local apagaram o incêndio antes que o fogo se espalhasse e atingisse grandes reservatórios.
Na madrugada de hoje, seguranças de uma discoteca de Tel Aviv evitaram outra catástrofe. Abriram fogo contra um suicida que saiu de um carro e tentava entrar no estabelecimento. Houve uma explosão, que matou o agressor e feriu duas pessoas.
Segundo especialistas em combate ao terrorismo, os extremistas estariam buscando alternativas aos atos suicidas. "As organizações terroristas entraram hoje numa nova fase de ataques", disse Ehud Yatom, ex-funcionário dos serviços de segurança israelenses.
O governo revelou nesta semana ter impedido um ataque com caminhão-bomba -que carregaria cerca de uma tonelada de explosivos- contra as torres Azrieli, segundo mais alto conjunto de prédios de Israel (187 metros, 50 andares), em Tel Aviv.
Os ataques ao depósito de combustíveis e à discoteca ocorreram um dia após militante das Brigadas dos Mártires de Al Aqsa ter matado ao menos dois israelenses e ferido 37 em Rishon Letzion, no segundo ataque do tipo na cidade em duas semanas.
Mais de 200 israelenses já morreram em razão de ações suicidas desde o início da Intifada (levante palestino) em setembro de 2000. O total de vítimas já soma 1.368 palestinos e 479 israelenses.
Na região de Nablus, na Cisjordânia, dois palestinos morreram e cinco ficaram feridos ontem após explosão no campo de refugiados de Balata. Uma casa ficou destruída no incidente -há suspeitas de que militantes preparavam bombas no local.
Militares de Israel voltaram a entrar em Tulkarem e em dois vilarejos vizinhos, à procura de suspeitos de atos terroristas, impondo à população um toque de recolher. Em incursões semelhantes, soldados prenderam 13 militantes em Hebron e três em Jenin.
O Exército matou um palestino de 33 anos em Rafah, na faixa de Gaza, na fronteira com o Egito. Segundo os militares israelenses, ele os teria atacado com uma granada antes de ser baleado.


Com agências internacionais

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