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CÚPULA DE TÚNIS
Chefes de Estado não assinarão o texto
Sem comprometimento, líderes árabes prometem reformas sociais
DA REDAÇÃO
Ao final da reunião de cúpula
em Túnis (Tunísia), os 22 membros da Liga Árabe prometeram
ontem promover a democracia,
expandir a sociedade civil e a participação popular na política e nos
assuntos públicos e reforçar os direitos das mulheres.
O impacto da aprovação do
chamado Documento de Túnis
foi diluído pela decisão de que os
chefes de Estado não irão assinar
as resoluções sobre reformas ainda. Delegados presentes na conferência afirmaram que alguns governos preferem que as reformas
sejam previamente aprovadas por
suas instituições nacionais.
Ativistas de direitos humanos e
analistas internacionais disseram
duvidar que os líderes árabes pretendam agir vigorosamente para
obter a aprovação das reformas.
Além disso, segundo os analistas,
as resoluções sobre o Iraque e os
palestinos são insuficientes para
satisfazer a opinião pública árabe,
que esperava algo mais decisivo.
Os líderes árabes criticaram
qualquer tentativa de solucionar o
conflito entre árabes e israelenses
que não atenda todas as resoluções das Nações Unidas. Isso foi
uma repreensão indireta ao presidente dos EUA, George W. Bush,
que, em encontro com o premiê
israelense Ariel Sharon, em abril,
fez declarações que contrariavam
resoluções sobre refugiados palestinos e leis sobre assentamentos em territórios ocupados.
Sobre o Iraque, a Declaração de
Túnis diz que a ONU deve ter
uma "função efetiva para encerrar a ocupação e organizar o processo de transferência de soberania para o povo iraquiano".
Com agências internacionais
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