São Paulo, segunda-feira, 24 de maio de 2004

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CÚPULA DE TÚNIS

Chefes de Estado não assinarão o texto

Sem comprometimento, líderes árabes prometem reformas sociais

DA REDAÇÃO

Ao final da reunião de cúpula em Túnis (Tunísia), os 22 membros da Liga Árabe prometeram ontem promover a democracia, expandir a sociedade civil e a participação popular na política e nos assuntos públicos e reforçar os direitos das mulheres.
O impacto da aprovação do chamado Documento de Túnis foi diluído pela decisão de que os chefes de Estado não irão assinar as resoluções sobre reformas ainda. Delegados presentes na conferência afirmaram que alguns governos preferem que as reformas sejam previamente aprovadas por suas instituições nacionais.
Ativistas de direitos humanos e analistas internacionais disseram duvidar que os líderes árabes pretendam agir vigorosamente para obter a aprovação das reformas. Além disso, segundo os analistas, as resoluções sobre o Iraque e os palestinos são insuficientes para satisfazer a opinião pública árabe, que esperava algo mais decisivo.
Os líderes árabes criticaram qualquer tentativa de solucionar o conflito entre árabes e israelenses que não atenda todas as resoluções das Nações Unidas. Isso foi uma repreensão indireta ao presidente dos EUA, George W. Bush, que, em encontro com o premiê israelense Ariel Sharon, em abril, fez declarações que contrariavam resoluções sobre refugiados palestinos e leis sobre assentamentos em territórios ocupados.
Sobre o Iraque, a Declaração de Túnis diz que a ONU deve ter uma "função efetiva para encerrar a ocupação e organizar o processo de transferência de soberania para o povo iraquiano".


Com agências internacionais


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