São Paulo, segunda-feira, 24 de junho de 2002

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PANORÂMICA

IRÃ

Governo reduz de 500 para 220 o número oficial de mortos no terremoto no país

DA REDAÇÃO

O governo reduziu a 220 o número de mortes causadas pelo terremoto que atingiu, sábado, a região noroeste do Irã.
O número de feridos, estimado inicialmente em 1.600, baixou para 1.300 depois das buscas, que começaram sábado.
Calcula-se que 5.000 casas tenham sido destruídas e 25 mil pessoas estejam desabrigadas.
"Houve um erro, o primeiro número divulgado era referente ao número de mortos e feridos somados", disse Majid Shalviri, do Crescente Vermelho.
Os moradores da região afetada (norte) acusam as autoridades de lentidão ao resgatar sobreviventes dos escombros. "Eles deixaram pessoas vivas soterradas até morrer", disse um iraniano. Grupos protestaram e jogaram pedras na comitiva de Abdolvahed Mousavi-Lari, ministro do Interior, enquanto ele visitava a região.
Profissionais da área de saúde borrifaram desinfetantes sobre os vilarejos destruídos para conter a disseminação de doenças, por conta do calor de 30º C.
O epicentro do terremoto, que atingiu 6.3 graus na escala Richter, foi a cidade de Bou'in-Zahra, na Província de Qazvin.
No pequeno cemitério da cidade de Abdareh, cerca de 225 km a oeste de Teerã, 20 funerais aconteceram ontem.
Sobreviventes desabrigados acenderam fogueiras cercados pelos escombros, para se aquecerem enquanto a temperatura baixava com a chegada da noite. Muitos aguardavam comida, remédios e barracas.
Teerã disse que vai aceitar a ajuda de organizações não-governamentais norte-americanas, mas não se mostrou receptiva à oferta de ajuda do presidente norte-americano, George W. Bush, que acusou o Irã de ser parte do "eixo do mal", junto com Iraque e Coréia do Norte.
Equipes da ONU foram enviadas ontem às áreas atingidas pelo terremoto.
O Papa João Paulo exigiu da comunidade internacional ajuda às vítimas do terremoto.



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