São Paulo, sexta-feira, 24 de julho de 2009

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Com Obama, imagem dos EUA volta a níveis pré-Bush

Pesquisa do Instituto Pew vê maior mudança em opiniões da Europa Ocidental

Visão continua desfavorável na maior parte dos países muçulmanos, mas a popularidade americana tem movimento ascendente

DA REDAÇÃO

Se em solo nacional as opiniões favoráveis ao presidente Barack Obama começam a declinar, no resto do mundo sua influência segue empurrando a imagem dos EUA para cima e praticamente a devolveu aos níveis de uma década atrás, segundo pesquisa do Instituto Pew divulgada ontem.
Mesmo em países de maioria muçulmana, onde a visão dos EUA é majoritariamente desfavorável, houve movimento positivo em relação ao governo anterior, que iniciou guerras no Afeganistão e no Iraque.
O estudo Projeto Pew de Atitudes Globais ouviu 27 mil pessoas em 24 países e nos territórios palestinos de 18 de maio a 16 de junho e tem margem de erro de 2 a 4 pontos percentuais em qualquer direção.
As maiores altas ocorreram na Europa Ocidental. Na França, 75% da população vê os EUA positivamente, contra 42% em 2008. Em 1999/2000, o resultado era mais baixo -62%.
Já na Espanha, 58% dos entrevistados veem o país favoravelmente -salto de 25 pontos percentuais em relação a 2008 e de 8 em relação a 2000.
Com taxas mais baixas, números em vários países muçulmanos subiram com Obama. Na Indonésia, onde ele passou parte da infância, o índice foi de 37% em 2008 para 63% neste ano. Em 2000, era de 75%.
No Egito, onde Obama discursou ao mundo islâmico e reconheceu erros dos EUA em junho último, 27% da população veem o país positivamente, contra 22% no ano passado.
Israel é o único país dentre os pesquisados em que o índice é mais baixo hoje do que em todas as pesquisas anteriores: 71%, contra 78% no governo de George W. Bush (2001-2009).
Os números mais baixos foram encontrados na Turquia (14%), nos territórios palestinos (15%) e no Paquistão (16%). Ainda assim, em todos a confiança em que o presidente "fará a coisa certa" na política externa subiu em relação a 2008 (alta, respectivamente, de 31, 15 e de 6 pontos percentuais).
No Ocidente, essa confiança é praticamente universal, de acordo com o Pew.


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