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Com Obama, imagem dos EUA volta a níveis pré-Bush
Pesquisa do Instituto Pew vê maior mudança em opiniões da Europa Ocidental
Visão continua desfavorável na maior parte dos países muçulmanos, mas a popularidade americana
tem movimento ascendente
DA REDAÇÃO
Se em solo nacional as opiniões favoráveis ao presidente
Barack Obama começam a declinar, no resto do mundo sua
influência segue empurrando a
imagem dos EUA para cima e
praticamente a devolveu aos
níveis de uma década atrás, segundo pesquisa do Instituto
Pew divulgada ontem.
Mesmo em países de maioria
muçulmana, onde a visão dos
EUA é majoritariamente desfavorável, houve movimento positivo em relação ao governo
anterior, que iniciou guerras no
Afeganistão e no Iraque.
O estudo Projeto Pew de Atitudes Globais ouviu 27 mil pessoas em 24 países e nos territórios palestinos de 18 de maio a
16 de junho e tem margem de
erro de 2 a 4 pontos percentuais em qualquer direção.
As maiores altas ocorreram
na Europa Ocidental. Na França, 75% da população vê os EUA
positivamente, contra 42% em
2008. Em 1999/2000, o resultado era mais baixo -62%.
Já na Espanha, 58% dos entrevistados veem o país favoravelmente -salto de 25 pontos
percentuais em relação a 2008
e de 8 em relação a 2000.
Com taxas mais baixas, números em vários países muçulmanos subiram com Obama.
Na Indonésia, onde ele passou
parte da infância, o índice foi de
37% em 2008 para 63% neste
ano. Em 2000, era de 75%.
No Egito, onde Obama discursou ao mundo islâmico e reconheceu erros dos EUA em junho último, 27% da população
veem o país positivamente,
contra 22% no ano passado.
Israel é o único país dentre os
pesquisados em que o índice é
mais baixo hoje do que em todas as pesquisas anteriores:
71%, contra 78% no governo de
George W. Bush (2001-2009).
Os números mais baixos foram encontrados na Turquia
(14%), nos territórios palestinos (15%) e no Paquistão (16%).
Ainda assim, em todos a confiança em que o presidente "fará a coisa certa" na política externa subiu em relação a 2008
(alta, respectivamente, de 31, 15
e de 6 pontos percentuais).
No Ocidente, essa confiança
é praticamente universal, de
acordo com o Pew.
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