São Paulo, sábado, 24 de julho de 2010

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"Brasil é exemplo de como lidar com Farc", diz general colombiano

DA ENVIADA A SANTA MARTA E PALOMINO (COLÔMBIA)

O general do Exército colombiano, Freddy Padilla de León, 61, chefe das Forças Armadas da Colômbia, evitou ontem fazer críticas diretas à vizinha Venezuela, e insistiu em que há cooperação militar mínima na fronteira apesar do rompimento das relações diplomáticas.
O recado à Venezuela veio em forma de elogio ao Brasil. Disse que os militares brasileiros atuam rápido para capturar integrantes das Farc para não deixar a "erva daninha" crescer. "É o que queremos que todos façamos."

Folha - Com o anúncio da Venezuela de que suas Forças Armadas estão em "alerta máximo", o que o sr. disse a seus homens?
Freddy Padilla
- O que pedi foi prudência, prudência. Somos países irmãos e não somos ricos a ponto de não dependermos da logística do outro na fronteira. Temos de identificar bem quem é o real inimigo: as Farc.

Em maio foi preso em Manaus um integrante das Farc, e a polícia brasileira fala de uma rota de tráfico passando pela fronteira brasileira. É um problema crescente?
Leu o "Pequeno Príncipe" [de Saint-Exupéry]? Pois o personagem morava sozinho num planeta e seu trabalho diário era detectar ervas daninhas. Era difícil, porque cresciam tão rápido que dominavam o planeta. O Brasil faz isso: encontra um [membro das Farc] e imediatamente o captura, de tal modo que não irá crescer. É o que queremos que todos façamos.


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