São Paulo, domingo, 24 de julho de 2011

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OPINIÃO

Cantora é mais um nome que sucumbe à maldição dos 27

ANDRÉ BARCINSKI
CRÍTICO DA FOLHA

Vinte e sete anos. Uma idade verdadeiramente misteriosa para a música pop. Como explicar o fato de tantos artistas não viverem para soprar seu 28º bolo?
A lista é imensa: Brian Jones, Jim Morrison, Janis Joplin, Jimi Hendrix, Kurt Cobain e, agora, Amy Winehouse. Todos por complicações pelo uso de drogas e álcool.
E esses são apenas os mais famosos. Tem mais: Kristen Pfaff (Hole), Gary Thain (Uriah Heep), Alan Wilson (Canned Heat), Pigpen (Grateful Dead), Rudy Lewis (Drifters).
No caso dos seis nomes mais conhecidos, há pelo menos uma coisa em comum: eram todos astros já consagrados, passando por períodos de decadência ou por fases de afastamento público, após anos de superexposição.
Uma hipótese: 27 anos é uma idade crucial, em que o artista geralmente superou a fase de busca pela fama. Consagrado, ele pode muito bem se perder em meio à adulação pública, a dúvidas sobre seu futuro, ou mesmo a uma voluntária rejeição ao sucesso (como no caso de Cobain).
Drogas e fama, uma combinação perigosa. Especialmente para alguém que passou boa parte da vida sendo adorado e, de repente, descobre que precisa virar adulto.


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