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Doenças novas surgem em velocidade inédita
ONU alerta que outra Aids pode surgir em breve
DA REDAÇÃO
Com 2,1 bilhões de passageiros de avião viajando pelo mundo só em 2006, novas doenças
infecciosas estão surgindo em
uma taxa sem precedentes, de
ao menos uma por ano desde os
anos 70, segundo o relatório
anual do órgão para saúde da
ONU, divulgado ontem. "Seria
extremamente ingênuo e complacente assumir que não haverá outra doença como Aids, outro ébola, outra Sars, mais cedo
ou mais tarde", diz o texto.
"A vulnerabilidade é universal", afirma a diretora-geral da
Organização Mundial de Saúde
(OMS), Margaret Chan, na introdução do Relatório sobre a
Saúde Global, intitulado "Um
futuro mais seguro". Nos últimos cinco anos, a OMS detectou mais de 1.100 epidemias pelo mundo, como a cólera e a gripe aviária, e há 39 novas doenças que eram desconhecidas da
geração passada.
O documento aponta que
uma "grande mudança" nas
"nossas relações com o mundo
animal e nossos comportamentos de viagens, social e sexual
mudaram nosso vínculo com o
mundo microbiano". O resultado "é a aparição de novos agentes patológicos e a sua dispersão pelo mundo". Chan destacou ainda que o crescimento da
população, a rápida urbanização, a agricultura intensiva e o
mau uso de antibióticos fomentam o desenvolvimento e a mutação dos micróbios.
O documento pede aos países
que aumentem os esforços internos para combater epidemias. Desde junho de 2007, há
uma regulamentação internacional sobre como os países devem relatar à OMS a existência
de potenciais riscos à saúde.
Enquanto os governos dos
193 Estados-membros da OMS
deveriam ser a primeira fonte
de informação sobre uma epidemia, metade dos alertas recebidos pelo órgão chega primeiro através da imprensa. Muitos
países evitam reconhecer que
há uma epidemia devido a possíveis impactos econômicos
negativos.
Com agências internacionais
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