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Corte Suprema de Honduras rejeita volta negociada de Zelaya
Grupo de chanceleres chega hoje ao país para tentar acordo com golpistas
DA REDAÇÃO
A Corte Suprema de Justiça
de Honduras, ao analisar ontem a proposta de acordo feita
pelo presidente costa-riquenho
Óscar Arias para tentar restabelecer a democracia no país
após o golpe perpetrado por
militares no final de junho, rejeitou a possibilidade de restituição de Manuel Zelaya à Presidência hondurenha.
Pelo Acordo de San José, encaminhado pelo presidente
costa-riquenho, Zelaya voltaria
à Presidência, mas renunciaria
à tentativa de convocar uma
Assembleia Constituinte.
A consulta, proposta pelo
presidente deposto, mas declarada inconstitucional pela corte, foi usada como motivo pelos
militares para o golpe.
Zelaya, segundo a decisão da
corte divulgada ontem, não pode voltar a chefiar o Executivo
do país pois é acusado de "traição à pátria, abuso de autoridade e usurpação de funções".
Pressionados por outros países latino-americanos, EUA e
União Europeia, os Poderes de
fato em Honduras têm analisado a proposta de Arias de forma
lenta, contribuindo para o governo golpista ganhar tempo e
se consolidar no poder no país.
O Congresso, o Executivo e
outras cortes do Judiciário já
rechaçaram partes da proposta-como a que pedia antecipação das eleições presidenciais
no país, recusada pelo Tribunal
Supremo Eleitoral.
Em um gesto que é considerado tanto por partidários do
governo golpista de Roberto
Micheletti quanto por aliados
de Zelaya como a última tentativa para tentar salvar o Acordo
de San José, chega hoje a Honduras uma delegação de chanceleres de sete países, apoiados
pela OEA (Organização dos Estados Americanos).
O governo de Micheletti declarou que os ministros "são
bem-vindos", mas que uma volta de Zelaya ao poder é "inegociável".
O deputado Marvin Ponce,
aliado do presidente deposto,
disse que o fracasso da proposta de Arias levará ao "fim da esperança de se chegar a um acordo por vias diplomáticas".
Com agências internacionais
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