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Funeral de ex-presidente faz aproximar Coreias rivais
DA REUTERS
O enterro do ex-presidente sul-coreano Kim Dae
Jung, cujos esforços para reconciliar a península dividida lhe renderam o prêmio
Nobel da Paz, foi marcado
pela primeira conversa de alto nível entre os Estados rivais em quase dois anos.
Kim, que morreu na terça-feira, aos 85, foi presidente
da Coreia do Sul de 1998 a
2003. Sua "Política do Raio
de Sol" promoveu uma reaproximação com o norte
quando, em 2000, promoveu
a primeira reunião entre os
líderes dos dois países.
O ditador norte-coreano,
Kim Jong-il, mandou uma
delegação para o sul para homenagear o ex-presidente e
enviou uma mensagem ao
atual governante, Lee
Myung-bak, cujos 18 meses
no poder viram uma acentuada deterioração nas relações entre as duas Coreias.
A delegação, encabeçada
por um assistente direto de
Kim, se encontrou com Lee,
em um sinal de que o norte
empobrecido está suavizando o tom após o teste nuclear
de maio e o lançamento de
mísseis, que resultou em
sanções e mais isolação internacional.
Segundo a Presidência sul-coreana, o encontro durou
cerca de 30 minutos. Mas o
conteúdo da mensagem enviada a Lee, tratado no norte
comunista como traidor, não
foi revelado.
"O presidente disse que se
as Coreias do Sul e a do Norte
resolverem seus problemas
pelo diálogo e de maneira
sincera, não há nada que não
possamos resolver", disse o
porta-voz presidencial Lee
Dong-kwan. "A delegação do
norte expressou sua gratidão
pela realização da reunião e
sugere que os dois lados cooperem para a solução [dos
problemas]", disse.
Segundo a agência de notícias Yonhap, cerca de 20 mil
pessoas participaram do funeral na Assembleia Nacional, o maior número já reunido em um velório no país.
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