São Paulo, segunda-feira, 24 de agosto de 2009

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Dúvida sobre viabilidade de tática cresce

DA SUCURSAL DO RIO

Como George Herring, parte dos especialistas que consideram legítima a decisão de derrubar o Taleban em 2001 questiona se a ocupação resultará em um Afeganistão estável e sem terroristas, metas expressas pelos EUA.
Obama prometera objetivos modestos, mas deve considerar pedido do novo comandante local americano, Stanley McChrystal, para aumentar mais o contingente dos EUA, hoje de cerca de 60 mil. O presidente enviou 21 mil homens no início do ano.
O aumento integra a estratégia de "construção armada de nação", pela qual forças estrangeiras não só presidirão o desenvolvimento de instituições afegãs como ajudarão a "manter" áreas após a expulsão do Taleban.
Anthony Cordesman, do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, favorável ao projeto, diz que ele levará ao menos cinco anos.
Críticos dizem que, mesmo que um governo venha a controlar quase todo o território afegão, isso não garante que terroristas não operem dali -ou de outros países.
A mesma falta de garantia valeria para o Paquistão, considerado nó do problema por possuir armas nucleares e onde crê-se que está Bin Laden.
Sabe-se que uma retirada americana pode resultar na derrubada do governo ou no prolongamento da guerra civil.
O problema, escreveu Richard Haass, do Council on Foreign Relations, é que não há garantia de que isso não ocorra se os EUA ficarem mais tempo, após sua saída. (CA)


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