São Paulo, quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Texto Anterior | Índice | Comunicar Erros

Tremor nos EUA reaviva medo do 11 de Setembro em brasileiros

PATRÍCIA GOMES
DE SÃO PAULO

O tremor de terra que atingiu Estados da costa leste dos EUA na tarde de ontem reavivou o fantasma do 11 de Setembro a poucos dias de a tragédia completar dez anos.
Em Washington, Flávia Carbonari, 30, consultora do Banco Mundial, viveu momentos de pânico. As paredes do local onde trabalha, no sexto andar de um prédio antigo na região da Casa Branca, chacoalharam fortemente. "O escritório é cheio de estantes. Os livros balançaram. Foi horrível", relatou.
A primeira orientação que recebeu de colegas de trabalho foi se esconder sob o batente das portas e, em seguida, deixar logo o prédio. A lembrança dos atentados de 2001 foi imediata.
"Quem estava aqui na época disse que a situação lembrou o 11 de Setembro", disse Carbonari, que vive nos EUA há seis anos. "Por ser perto da Casa Branca, todo mundo achou que pudesse ser uma bomba. Saímos correndo", disse a brasileira que, ao chegar ao térreo, viu calçadas cheias.
"Nunca vi Washington assim. Os prédios tinham sido evacuados. Muita gente foi liberada devido ao risco de réplicas [do tremor]", contou.
Raphael Arildo, 31, gerente do Banco do Brasil, esperava para embarcar para Orlando no aeroporto John F. Kennedy, em Nova York, quando também viveu seus 15 segundos de desespero.
Segundo Arildo, o terminal onde estava, por ser suspenso, sacudiu muito e ninguém sabia o que estava ocorrendo. "Achávamos que algo [um avião] tinha batido. Logo em seguida, as pessoas começaram a fechar as lojas e nenhuma instrução foi passada."
Seu voo, agendado para o fim da manhã, foi remarcado para as 19h45. Agora, teme chegar à Flórida com o furacão que se aproxima.


Texto Anterior: Raro tremor de 5,8 graus atinge leste dos EUA e provoca pânico
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.