São Paulo, sábado, 24 de setembro de 2011 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
G20 estuda adotar novas taxas para contornar a crise Transações financeiras, viagens aéreas e marítimas são possíveis alvos de tributação LUCIANA COELHO DE WASHINGTON Esquivando-se de falar sobre medidas concretas para lidar com a crise econômica mundial, o G20 anunciou ontem que busca acordo político para adotar uma taxa sobre transações financeiras e, eventualmente, outra sobre viagens aéreas e marítimas. As taxas, que constam de uma proposta apresentada ontem pelo fundador da Microsoft, Bill Gates, serviriam para financiar o desenvolvimento em países mais pobres. A versão final do plano, encomendado pelo grupo, será anunciada na reunião do G20 em novembro. As estimativas preliminares indicam que poderiam ser arrecadados US$ 50 bilhões (R$ 91 bilhões) com o imposto, uma iniciativa antiga dos governos francês e alemão que vêm encontrando resistência dos demais. Quem esperava um anúncio do G20 sobre ações específicas para conter a crise na Europa, porém, se frustrou. O ministro da economia francês, François Baroin, falou pelo grupo (neste ano, presidido pela França) e rejeitou sucessivas perguntas de jornalistas sobre o tema. Baroin limitou-se a repetir que os países do G20 assumiram o compromisso de lidarem juntos com a crise, cujo epicentro está na dívida soberana da Grécia, da Itália, da Espanha e de Portugal. Na noite anterior, o G20 havia emitido comunicado no qual se compromete com uma "resposta internacional forte e coordenada", mas sem dar detalhes. No texto enxuto, apenas uma lista de medidas que já foram anunciadas em 21 de julho, quando fechado o acordo para salvar a Grécia. Os países se comprometeram a implementar até o encontro de novembro, em Cannes, medidas que flexibilizem o EFSF (Fundo Europeu de Estabilidade Financeira), mas sem dar detalhes. O Fundo Monetário Internacional estima que a Europa tenha perdido 300 bilhões de euros (R$ 766 bilhões) só com o contágio da crise da dívida em sua periferia. A expectativa é que as medidas do pacote sejam ratificadas pelos 17 países da zona do euro em três semanas. Texto Anterior: Foco: À espera de juízo divino, fiéis se trancam em igreja de Cuba Próximo Texto: Cai mais tendência de crescimento do comércio mundial Índice | Comunicar Erros |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |