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"O presidente não faz um bom trabalho de energizar sua base"
ANDREA MURTA
DE WASHINGTON
Em 2007, fui a um comício
do Obama em Nova York, levada por uma colega. Não sabia o que esperar, mas fiquei
totalmente alucinada.
Nunca antes tinha me envolvido em política, mas decidi atuar como voluntária
na campanha para as primárias e acabei me tornando
coordenadora em Nova York
para a eleição geral.
Foi algo muito inspirador,
uma experiência maravilhosa. Eu tentava transmitir o
senso de responsabilidade
pelo futuro a jovens eleitores.
O dia da eleição foi incrível. Eu chorava histericamente. Estava muito orgulhosa de tudo o que fizemos.
Alcançamos algo enorme. Eu
sentia que o céu era o limite.
Em relação a Obama, porém, fui me frustrando nos
últimos dois anos.
Fiquei feliz de ver a reforma do sistema de saúde ser
aprovada, mas queria que
fosse mais forte.
Estou definitivamente decepcionada de ver que o governo não vem fazendo um
bom trabalho em energizar
seus apoiadores de base.
Não avançamos na reforma migratória, não melhoramos o consumo de energia.
Sei que o presidente não
pode fazer tudo sozinho, mas
por isso gostaria que tivesse
nos incluído na luta.
Não basta mandar um e-mail às pessoas. As mensagens dos últimos dois anos
têm sido muito rasas. A operação inteira é rasa.
Fundamentalmente, não
tiveram fé nos apoiadores.
Eu esperava que agissem no
governo da mesma forma
que agiram na campanha,
mas isso não aconteceu.
Eu sou progressista, mas
não vou fazer uma campanha vazia só por um partido.
Quero ver propostas. Penso que o clima da campanha
atual é muito tóxico.
Não gosto do extremismo
do debate. Estou satisfeita
por não estar fazendo parte
dela. Não acho que representa o que é o país.
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