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ORIENTE MÉDIO
Sauditas irão à conferência de Bush; sírios não confirmam
DA REDAÇÃO
O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, declarou ontem, no Cairo, que não há sequer o esboço de uma declaração conjunta que deveria
ser assinada com Israel, ao
fim da conferência de paz sobre o Oriente Médio, a ser
aberta na próxima terça-feira em Annapolis, no Estado
americano de Maryland.
Depois de fortes pressões
de Washington, a Arábia
Saudita anunciou ontem que
participará do encontro, com
seu ministro das Relações
Exteriores, Saud al Faiçal,
que já anunciou não se dispor a tirar fotografias ao lado
da delegação israelense.
Não está decidida a presença da Síria. Seu ministro
do Exterior, Walid al Moallem, primeiro condicionou
sua ida a Annapolis ao compromisso de inclusão, na
pauta do encontro, da devolução por Israel do Golã, planalto capturado em 1967. Os
EUA não têm objeções ao tema. Mesmo assim, Moallem
afirmou que tomaria uma
decisão depois de receber a
agenda formal do encontro.
A Síria mantém com os Estados Unidos, patronos da
conferência, relações bastante frias, sobretudo por
ter-se aproximado do Irã
-principal adversário regional dos americanos- e por
patrocinar grupos extremistas no Iraque, Líbano e territórios palestinos.
A administração Bush desejava de início que a conferência de Annapolis oficializasse concessões de palestinos e israelenses, capazes de
lançar as bases de um Estado
palestino. Mas Abbas e o premiê israelense, Ehud Olmert, são hoje dirigentes internamente enfraquecidos
para grandes concessões.
Olmert disse nesta semana
esperar que em Annapolis
seja desencadeada uma dinâmica diplomática capaz de
dar resultados em 2008.
Ontem, no Cairo, a Liga
Árabe deu seu aval à conferência. Mas a Associated
Press diz que os países envolvidos procuram, com sua
presença, fiscalizar a delegação palestina para evitar que
ela faça concessões territoriais aos israelenses.
Com agências internacionais
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