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Hamas se diz aberto a trégua com Israel
DA REDAÇÃO
O grupo islâmico palestino Hamas se disse disposto ontem a considerar
a renovação da trégua com
Israel, que expirou na última sexta-feira após seis
meses de vigência.
Para tanto, quer que Israel descarte incursões
terrestres à faixa de Gaza e
reabra os pontos de passagem na fronteira -fechada sob justificativas de segurança- para a entrada
de comida, combustível e
outros suprimentos.
Habitado por 1,5 milhão
de pessoas, o território enfrenta uma grave crise humanitária segundo monitores de direitos humanos.
Anteontem, o grupo islâmico anunciou um dia
de trégua em sinal de boa
vontade para com a mediação egípcia. Mas desde
então o governo de Israel
diz ter contabilizado nove
disparos de foguetes contra seu território.
Na madrugada de ontem, um confronto na
fronteira entre militantes
palestinos -que segundo
Israel preparavam explosivos- e soldados israelenses deixou três mortos.
O Hamas venceu as eleições legislativas de 2006 e
domina a faixa de Gaza
desde 2007, quando rompeu com a Autoridade Nacional Palestina, dominada pelo rival Fatah, do presidente Mahmoud Abbas.
Israel e EUA só reconhecem a ANP como interlocutora. Abbas apóia a
trégua na faixa de Gaza e
conversou ontem sobre o
tema com o presidente do
Egito, Hosni Mubarak.
Amanhã, a chanceler israelense, Tzipi Livni, se
reúne no Cairo com Mubarak, que mediou o cessar-fogo anterior. O governo do Egito não divulgou a
pauta de negociação, mas
há expectativa de acordo.
Tanto palestinos quanto
israelenses terão eleições
gerais no início de 2009
(respectivamente em janeiro e fevereiro), o que
torna delicado o momento
político para a retomada
de um confronto aberto.
Ainda assim, Israel investe
em uma ofensiva diplomática para justificar uma
ação terrestre contra Gaza, já aprovada pelo governo mas sem data fixada.
Com agências internacionais
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