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Tensões externas impulsionam guerrilhas
DA REPORTAGEM LOCAL
Episódios recentes de tensão
entre Colômbia e Venezuela e a
polêmica regional gerada pelo
acordo que permite o uso, por
militares americanos, de bases
na Colômbia também explicam
recentes ações das guerrilhas
no país, dizem analistas.
Para Carlos Velásquez, da
Universidade de La Sabana, são
fatos que "elevam a moral combativa" desses grupos, por pressionarem a gestão Uribe desde
o plano externo. "As guerrilhas
passam a não se sentirem sozinhas no confronto", afirma.
Na semana passada, em ato
apontado como sinal de debilidade pelo governo, os dois grupos guerrilheiros da Colômbia,
as Farc e o ELN, anunciaram
união de forças contra Uribe.
León Valencia, ex-membro
do ELN, diz que a união busca,
entre outros objetivos, confrontar o uso das bases pelos
EUA -forma de agitar o imaginário antiamericano- e "aproveitar as tensões" entre Colômbia e Venezuela para acumular
forças nas regiões de fronteira.
"As intenções dos grupos são
melhorar sua capacidade de
combate, sair da crise que enfrentam pela ofensiva de Uribe,
superar o confronto que mantinham em algumas regiões, agitar uma postura nacionalista
ante os EUA e se prepararem
para eventual confronto Venezuela-Colômbia", diz Valencia.
Ontem, em meio à condenação da comunidade internacional ao sequestro e morte de
Cuéllar, o governo Uribe manteve a busca aos responsáveis
na região de Caquetá, com mais
de 3.000 homens. Também
reafirmou oferta de US$ 500
mil por informações que ajudem na captura.
Segundo Uribe, a ação foi
executada pela coluna "Teófilo
Forero" das Farc. Informe da
Fundação Ideas para La Paz
aponta a coluna como uma das
estruturas mais ativas da guerrilha nos últimos meses.
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