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Hamas no exílio irá decidir sobre troca de presos com Israel
Imprensa israelense diz que grupo palestino não vai aceitar novas exigências de governo Netanyahu
DE JERUSALÉM
Caberá à liderança do Hamas
no exílio a decisão sobre a troca
de prisioneiros com Israel. O
mediador alemão que conduz a
negociação chegou ontem à faixa de Gaza, onde apresentou a
contraproposta israelense ao
grupo islâmico palestino.
Mahmoud Zahar, um dos
principais dirigentes do Hamas
em Gaza, confirmou o recebimento da oferta israelense,
mas disse que ela será analisada
e decidida em Damasco (Síria),
onde está instalada a liderança
política do grupo.
Um acordo para a soltura do
soldado israelense Gilad Schalit, 23, capturado em 2006 por
militantes ligados ao Hamas,
parecia iminente nos últimos
dias. Em troca, cerca de mil prisioneiros palestinos seriam libertados, em duas fases.
Israel apresentou uma contraproposta pela qual cem dos
presos envolvidos nos atentados terroristas mais graves seriam enviados à faixa de Gaza
ou ao exterior, sem possibilidade de retorno à Cisjordânia.
De acordo com a versão eletrônica do jornal israelense
"Yediot Aharonot", entretanto,
o Hamas deu indicações ontem
de que não aceitará a oferta.
Uma "alta fonte" do grupo disse
ao jornal que a ressalva israelense não é aceitável e impede
que o acordo seja fechado.
Os pais de Shalit, que lideram
uma campanha nacional pela
libertação do filho, preferiram
não reagir. "Melhor esperar a
resposta oficial", disse Noam
Shalit, pai do soldado. Há dois
meses, o Hamas divulgou um
vídeo do prisioneiro para provar que ele está vivo e em boas
condições de saúde.
Embora o acordo envolvendo a libertação de centenas de
palestinos condenados por terrorismo tenha apoio da maioria
dos israelenses, o governo sofre
pressão de famílias de vítimas
de atentados para não ceder ao
Hamas.
Também há pressão sobre o
grupo fundamentalista no
mundo árabe. "O maior erro
que o Hamas pode cometer é
aceitar as condições de Israel e
permitir que os prisioneiros sejam enviados para o exterior",
disse o jornal "Al Quds Al Arabi", publicado em Londres.
Com agências internacionais
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