São Paulo, quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

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Pressionado, presidente de Israel pede afastamento

DA REDAÇÃO

Prestes a ser denunciado à Justiça por estupro, o presidente de Israel, Moshe Katsav, rejeitou ontem a possibilidade de renunciar e afirmou que as acusações contra ele são parte de uma ampla conspiração. Mas, após o premiê Ehud Olmert pedir sua saída, Katsav concordou em pedir ao Parlamento afastamento temporário da Presidência -que, em Israel, é um cargo cerimonial.
A pressão sobre o presidente cresce. Ontem, 27 deputados assinaram uma petição para iniciar o processo de destituição de Katsav. Pela lei israelense, 20 assinaturas bastam para abrir o processo, mas para o impeachment é preciso o apoio de 90 dos 120 parlamentares -para analistas, algo improvável.
"Sob tais circunstâncias, não tenho dúvidas de que o presidente não pode continuar ocupando sua posição e de que ele deve deixar a residência presidencial", declarou Olmert.
Em sua primeira declaração a jornalistas sobre o caso desde que ele estourou, há seis meses, Katsav, 61, apareceu trêmulo e citou termos como "caça às bruxas". Gritando com repórteres que recebeu em sua casa, o presidente pediu que os israelenses "não acreditem em mentiras" e disse que "lutaria até o último suspiro" para limpar seu nome, ainda que isso significasse "uma guerra".
A Promotoria israelense concluiu haver provas suficientes para denunciar Katsav pelo estupro de quatro mulheres, além de outros delitos sexuais, fraude, obstrução da Justiça e violação de confiança. Ele ainda deve se apresentar à Justiça antes de a denúncia ser acatada.
Se condenado, o presidente pode ser sentenciado a até 16 anos de prisão.


Com agências internacionais


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