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Pressionado, presidente de Israel pede afastamento
DA REDAÇÃO
Prestes a ser denunciado à
Justiça por estupro, o presidente de Israel, Moshe Katsav,
rejeitou ontem a possibilidade
de renunciar e afirmou que as
acusações contra ele são parte
de uma ampla conspiração.
Mas, após o premiê Ehud Olmert pedir sua saída, Katsav
concordou em pedir ao Parlamento afastamento temporário da Presidência -que, em Israel, é um cargo cerimonial.
A pressão sobre o presidente
cresce. Ontem, 27 deputados
assinaram uma petição para
iniciar o processo de destituição de Katsav. Pela lei israelense, 20 assinaturas bastam para
abrir o processo, mas para o impeachment é preciso o apoio de
90 dos 120 parlamentares -para analistas, algo improvável.
"Sob tais circunstâncias, não
tenho dúvidas de que o presidente não pode continuar ocupando sua posição e de que ele
deve deixar a residência presidencial", declarou Olmert.
Em sua primeira declaração
a jornalistas sobre o caso desde
que ele estourou, há seis meses,
Katsav, 61, apareceu trêmulo e
citou termos como "caça às
bruxas". Gritando com repórteres que recebeu em sua casa,
o presidente pediu que os israelenses "não acreditem em mentiras" e disse que "lutaria até o
último suspiro" para limpar
seu nome, ainda que isso significasse "uma guerra".
A Promotoria israelense concluiu haver provas suficientes
para denunciar Katsav pelo estupro de quatro mulheres, além
de outros delitos sexuais, fraude, obstrução da Justiça e violação de confiança. Ele ainda deve se apresentar à Justiça antes
de a denúncia ser acatada.
Se condenado, o presidente
pode ser sentenciado a até 16
anos de prisão.
Com agências internacionais
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