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CRISE
Oposição rejeita plano de paz e ameaça atacar a capital, Porto Príncipe
Aristide teme um banho de sangue
DA REDAÇÃO
O presidente do Haiti, Jean-Bertrand Aristide, exortou ontem
a comunidade internacional a
ajudar a evitar um banho de sangue e uma catástrofe humanitária
em seu país, enquanto os rebeldes
ameaçavam atacar Porto Príncipe
(capital) e diplomatas americanos
ainda tentavam convencer políticos da oposição a concordar com
a assinatura de um acordo de paz.
O apelo de Aristide foi feito
poucas horas antes de a Plataforma Democrática, uma coalizão de
forças oposicionistas, rejeitar
uma proposta de paz apoiada por
Washington. Segundo os líderes
da oposição, "não há mais clima
para a permanência de Aristide
na Presidência" do país.
O plano de paz previa que Aristide permanecesse na Presidência, mas com menos poder. Os
EUA disseram que continuarão a
insistir em sua aprovação por todas as partes envolvidas na crise.
O presidente afirmou que, se os
rebeldes, que tomaram a segunda
maior cidade do país, Cabo Haitiano, no último domingo, tentassem invadir a capital, o número
de mortos seria bastante elevado.
Por enquanto, ao menos 70 pessoas morreram nas três semanas
da crise política.
"Se aqueles assassinos vierem
para Porto Príncipe, poderemos
ter milhares de mortos. A presença da comunidade internacional
no país é mais do que necessária",
declarou Aristide.
De acordo com a agência de notícias Associated Press, o líder rebelde Guy Philippe e seus homens
pretendiam dirigir-se à capital
ainda ontem. "Tomar a capital será fácil. Ninguém mais quer defender Aristide", disse Philippe.
Com agências internacionais
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