DA REDAÇÃO

Israel negocia com o Pentágono a autorização de sobrevoar o Iraque para bombardear instalações nucleares iranianas, informou ontem o jornal britânico "Daily Telegraph".
O vice-ministro israelense da Defesa, Ephraim Sneh, desmentiu a existência da negociação. Mas a hipótese de uma reação militar de Israel é plausível e funciona, no atual estágio de tensões, como uma pressão suplementar para que o Irã recue do projeto, jamais assumido publicamente, de produzir a bomba atômica.
O "Telegraph" diz que os planos israelenses "se aceleraram de modo significativo" porque o Mossad, serviço de inteligência, concluiu que o Irã teria já em 2009 material físsil para detonar sua primeira ogiva. O cronograma é mais assustador que o admitido pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
Segundo o jornal britânico, o premiê israelense, Ehud Olmert, deu indicações indiretas de estar preparando alguma coisa. Adiou a aposentadoria de Meir Dagan, chefe do Mossad e especialista em Irã, e entregou a coordenação de uma possível resposta militar a Eliezer Shkedy, comandante da Força Aérea.


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