São Paulo, quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Murdoch se desculpa por publicar charge de macaco

Magnata afirma ter cometido erro, mas nega que desenho no "New York Post" visto por críticos como racista aludisse a Obama

DA REDAÇÃO

O dono do conglomerado de mídia News Corp, Rupert Murdoch, pediu desculpas ontem por uma charge publicada há uma semana pelo "New York Post". O jornal foi acusado de racismo por conta do desenho interpretado por muitos como um paralelo entre o presidente Barack Obama e um macaco.
"Cometemos um erro. Publicamos uma charge que ofendeu muita gente", escreveu Murdoch em artigo no "Post" em que se declara "responsável final pelo que sai nas páginas do jornal" e se desculpas com "qualquer leitor que tenha se sentido ofendido". "Temos muita consideração pelos leitores, e prometo que estaremos mais sintonizados com as sensibilidades da comunidade."
Reiterando a versão do jornal, ele afirmou que o alvo da charge não era o presidente -o primeiro negro a governar os EUA-, e sim "uma lei mal escrita", referindo-se ao pacote de estímulo econômico elaborado pelo Congresso.
A charge mostra dois policiais matando um chimpanzé, enquanto um deles diz: "Agora vão ter de achar outra pessoa para escrever a lei de estímulo". O jornal afirma que a inspiração veio do ataque de um chimpanzé de estimação a uma mulher em Connecticut dias antes.
O "Post" foi alvo de protestos, diante de sua sede, liderados pelo ativista de direitos civis Al Sharpton. Ele agora pressiona a Comissão Federal de Comunicações dos EUA a rever sua permissão à News Corp para controlar múltiplos veículos midiáticos no mesmo mercado -pertencem ao grupo o "Wall Street Journal" e a Fox News.


Com agências internacionais


Texto Anterior: Premiê visita a Casa Branca, e Japão bancará policiais afegãos
Próximo Texto: Frase
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.