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ETIÓPIA
Grupo islâmico mata 74 em campo de petrolífera chinesa
DA ASSOCIATED PRESS
Um grupo de 200 rebeldes
invadiu ontem um campo
petrolífero de uma empresa
chinesa no leste da Etiópia,
matou 74 pessoas, entre elas
nove chineses, destruiu instalações e seqüestrou sete
engenheiros e operários.
Os rebeldes pertencem à
Frente Nacional de Libertação do Ogaden, que havia
anunciado a disposição de
sabotar investimentos externos na região. Com o ataque
de ontem, o confronto, restrito a combates com tropas
regulares, passa a um novo e
mais violento patamar.
Surgida no início dos anos
90, a FNLO reivindica a independência de um amplo
território com 4 milhões de
habitantes, de predominância muçulmana.
O grupo atua em conjunto
com as milícias islâmicas da
vizinha Somália. Em comunicado enviado à Associated
Press, os rebeldes "exortam
as empresas internacionais a
não fecharem contratos de
risco com a Etiópia".
A Etiópia ainda não produz petróleo. Mas empresas
como a chinesa Zhongyuan e
a Petronas, da Malásia, têm
prospectado jazidas.
Stephen Morrison, diretor
do programa africano do
Centro Internacional de Estudos Estratégicos, baseado
em Washington, disse que os
rebeldes "são um veículo
conveniente para os que desejam desestabilizar a Etiópia". Aquele país, com auxílio
logístico dos Estados Unidos,
desalojou as milícias islâmicas do poder na Somália, forçando-as a se refugiar em
países fronteiriços ou a partir para a guerra de guerrilha.
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