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Atentados matam 66 no Iraque
Mulheres-bombas atingem mesquita que é o principal centro de peregrinação de xiitas em Bagdá
Pelo segundo dia, explosões visam iranianos; acusado pela falta de segurança, Exército americano atribui responsabilidade a Bagdá
DA REDAÇÃO
Duas mulheres-bombas se
explodiram ontem nas cercanias do santuário xiita mais importante da capital Bagdá.
Houve ao menos 66 mortos e
127 feridos na entrada da mesquita de Kadhimiya, no segundo dia seguido de ataques no
Iraque, somando 144 mortes.
O premiê Nuri al Maliki ordenou uma investigação dos
lapsos de segurança que possibilitaram o ataque e suspendeu
o responsável pelo policiamento do bairro, situado na região
norte da cidade e palco de outros atentados contra peregrinos xiitas em 2005 e 2006.
Houve minutos de intervalo
entre as explosões, realizadas
pouco antes do início das orações de sexta-feira -dia sagrado para os muçulmanos, quando as mesquitas recebem um
maior fluxo de fiéis.
Entre os mortos, havia 25 peregrinos iranianos. De acordo
com a polícia e o balanço divulgado pelo hospital para onde os
feridos foram removidos, dos
127 sobreviventes, 80 eram cidadãos do país vizinho.
"As tropas dos EUA situadas
no Iraque não protegem com
seriedade a segurança do país",
afirmou o ex-presidente iraniano Ali Akbar Hashemi Rafsanjani. Anteontem, mais de 40
peregrinos iranianos haviam
sido mortos em atentado suicida na Província de Diyala, a cerca de 90 km de Bagdá.
O Exército americano em
Bagdá afirmou ontem que não
poderia apresentar detalhes
acerca do atentado à mesquita
de Kadhimiya porque o patrulhamento da região onde fica o
templo é de competência das
autoridades iraquianas.
Barack Obama, tem planos
de retirar todo o efetivo de
combate americano do Iraque
até 31 de agosto de 2010, deixando de 30 mil a 50 mil militares com a incumbência genérica de "treinar e aconselhar" os
iraquianos até o fim de 2011.
A exemplo dos atentados de
anteontem, nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelos
ataques das mulheres-bombas.
Mas atentados dessa natureza
têm o modus operandi da insurgência sunita respaldada
pela Al Qaeda no Iraque.
O país, de maioria xiita como
o Irã, vive sob tensão sectária,
acirrada durante a ditadura de
Saddam Hussein (1979-2003).
Com agências internacionais
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