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ISRAEL
Ex-premiê é ameaça a Sharon
Netanyahu afirma que será candidato
DA REDAÇÃO
O ex-premiê (1996-99) israelense Binyamin Netanyahu, 52, disse
ontem que planeja se lançar candidato ao governo nas próximas
eleições gerais do país, previstas
para novembro de 2003, mas que
podem ser antecipadas.
"Eu concorrerei quando tivermos novas eleições", afirmou ele,
em discurso em Berlim. Desde o
final de 2000, ele vem tentando
minar a base de apoio do atual
primeiro-ministro, Ariel Sharon,
74, dentro do partido de ambos, o
Likud (direita).
Tenta ser nomeado como o
principal candidato da chapa partidária, com uma plataforma mais
refratária a negociações de paz
que a de Sharon. Netanyahu derrotou o premiê recentemente na
votação de uma moção pelo comitê central do Likud em que o
partido se posicionou contra a
criação de um Estado palestino.
Um ano antes das primárias do
Likud, entretanto, pesquisa de
opinião publicada ontem pelo
diário "Maariv" indicou que 48%
dos israelenses preferem Sharon
como candidato likudista e premiê, contra 23% que apóiam Netanyahu.
Combates
Um soldado de Israel morreu e
outros dois ficaram feridos durante incursão militar ontem em
Tulkarem, na Cisjordânia. Oito
palestinos -uma mulher entre
eles- também ficaram feridos.
Um militante das Brigadas do
Mártires de Al Aqsa disse que a
troca de tiros começou após emboscada de guerrilheiros do grupo contra um veículo militar.
Tropas de Israel têm entrado
diariamente em áreas palestinas à
procura de supostos terroristas. O
país foi alvo de quatro atentados
terroristas nesta semana. Dois deles foram reivindicados pelas Brigadas dos Mártires de Al Aqsa,
grupo ligado ao Fatah (movimento do líder palestino Iasser Arafat), que teria em Tulkarem algumas de suas bases.
No mais recente atentado coordenado por essa organização
-na madrugada de ontem, em
frente a uma discoteca de Tel
Aviv-, o terrorista tinha 16 anos.
Era possivelmente o mais jovem
suicida dos 20 meses de Intifada
(levante palestino). Um segurança o matou a tiros antes que conseguisse entrar no clube noturno.
Prisão de britânica
Policiais israelenses prenderam ontem na fronteira com a faixa de
Gaza uma britânica que viajava em um carro da embaixada canadense. Com a ajuda de cães, encontraram resíduos de produtos químicos no veículo. As autoridades suspeitam que o carro, com imunidade diplomática, tenha sido usado no transporte de material explosivo a grupos palestinos.
A motorista britânica, solta após interrogatório, trabalha no
escritório do Canada Fund, organização que coordena projetos de
ajuda humanitária canadenses nos territórios palestinos.
Com agências internacionais
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