São Paulo, terça-feira, 25 de maio de 2004

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FRANÇA

Aeroporto de Paris tem mais rachaduras

DA REDAÇÃO

Novas rachaduras foram ontem constatadas no terminal 2E do aeroporto Roissy-Charles de Gaulle, o mais movimentado da França, localizado nas imediações de Paris. Um pedaço do teto daquele terminal ruiu no domingo e derrubou uma passarela, matando quatro pessoas -e não cinco, conforme de início a polícia francesa chegou a anunciar.
O edifício, inaugurado há 11 meses, era utilizado pela companhia Air France e está fechado.
Com as novas rachaduras, operários que limpavam os escombros do desabamento foram retirados do local, disse René Brun, diretor de operações de Roissy.
O incidente afeta diretamente a imagem da empresa estatal ADP (Aeroportos de Paris), que deveria ser proximamente privatizada. Seu presidente, Pierre Graff, disse em entrevista ao "Le Parisien" que não hesitará em determinar a demolição do terminal, que custou US$ 900 milhões, caso se constate falha estrutural na construção ou problemas no projeto.
Os especialistas encarregados de investigar as causas do acidente não chegaram ainda a uma conclusão. A mídia francesa sublinhou ontem o fato de o terminal ter sido construído com rapidez considerada excessiva e lembrou a demora de uma semana com que as autoridades emitiram a autorização para o funcionamento, diante da inexistência de todas as condições de segurança.
Graff negou que a edificação tenha sido feita às pressas. Disse que durante a construção surgiram problemas de estrutura que foram resolvidos com o enxerto de fibra de carbono. O arquiteto Paul Andreu, autor do projeto, voltou apressadamente da China, onde supervisiona a construção de uma ópera. "Não consigo explicar o que aconteceu. Simplesmente não entendi", disse ao jornal "L"Humanité".


Com agências internacionais


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