DA REDAÇÃO

O Exército de Israel se retirou ontem do campo de refugiados de Rafah, na fronteira entre a faixa de Gaza e o Egito, colocando fim a uma operação militar que durou uma semana e provocou críticas internacionais. No domingo, o premiê israelense, Ariel Sharon, deverá apresentar a seu gabinete um novo plano de retirada unilateral de Gaza.
Segundo o Exército, três túneis ligando Rafah ao Egito foram destruídos, o que levou a mídia israelense a questionar o êxito da operação. A existência de túneis por onde os palestinos contrabandeiam armas foi a justificativa para a ação israelense.
De acordo com o major-general Dan Harel, 56 casas foram destruídas ou seriamente danificadas. Segundo uma agência da ONU e grupos de direitos humanos, 180 casas foram demolidas.
Segundo fontes israelenses, 40 terroristas e pelo sete civis palestinos morreram em Rafah. Os palestinos falam em 42 mortos.
Ontem, o premiê Sharon se reuniu com Omar Suleiman, importante autoridade egípcia, para discutir questões de segurança após uma eventual saída das tropas israelenses de Gaza. Suleiman também conversou com o líder palestino Iasser Arafat, em Ramallah. O Egito quer evitar que a situação saia do controle na vizinha Gaza.
Sharon pretende retirar 7.500 colonos judeus e as tropas que os protegem de Gaza. Mas o plano foi rejeitado por membros de seu partido, o Likud. Agora, ele quer aprová-lo, com mudanças, em seu gabinete.


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